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O comitê parlamentar do Reino Unido que proibiu a escuta ilegal feita pelo tabloide News of the World, da News Corp., que já não está mais em circulação, divulgou um relatório final nesta terça-feira (1º) concluindo que o executivo-chefe do jornal, Rupert Murdoch, "não é uma pessoa apta a exercer a administração de uma grande empresa internacional". O documento também acusou vários executivos da empresa de enganarem o Parlamento britânico, segundo reportagem do The Wall Street Journal.

O relatório afirma que Murdoch e o filho dele, o diretor operacional da News Corp., James Murdoch, presidiram uma cultura de "cegueira voluntária" na News Corp. O documento também acusa James Murdoch de exibir uma "falta de curiosidade", até mesmo uma "ignorância deliberada", ao lidar com o escândalo das escutas telefônicas enquanto ocupava o cargo de gerente de supervisão da unidade do jornal britânico da empresa, News International, desde o fim de 2007 a 2012.

Segundo o documento, três ex-executivos da unidade do jornal britânico da News Corp. enganaram o Parlamento em 2009: Les Hinton, ex-executivo-chefe da unidade Dow Jones ? Colin Myler, editor do News of the World's de 2007 até o fechamento do tabloide no ano passado; e Tom Crone, principal advogado do jornal.

A comissão diz que uma série de afirmações dos ex-executivos feitas em 2009 eram falsas, incluindo a alegação de que a escuta ilegal de correio de voz foi feita apenas por um repórter e a afirmação de que as escutas tinham sido investigadas exaustivamente pela empresa. O relatório diz que o objetivo da News Corp. em todo o caso foi o de "encobrir ao invés de investigar irregularidades e punir os infratores."

A News Corp. divulgou um comunicado dizendo que irá "examinar cuidadosamente" o relatório e vai responder em breve. A empresas acrescentou que "reconhece plenamente as irregularidades significativas no News of the World e pede desculpas a todos, cuja privacidade foi invadida". As informações são da Dow Jones.

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