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Movimento no Mutirão do Emprego foi grande: expectativa de recorde na ocupação de vagas | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Movimento no Mutirão do Emprego foi grande: expectativa de recorde na ocupação de vagas| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Dieese

Desemprego é o menor para janeiro

A taxa de desemprego no país ficou em 12,6% no mês passado, registran­do o menor índice para janeiro desde 1998, início da série histórica, segundo pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese em seis regiões metropolitanas (São Paulo, Belo Hori­zonte, Recife, Salvdor, Porto Alegre e Brasília). O contingente de desempregados nessas áreas foi estimado em 2,528 milhões de pessoas no mês passado. O número é resultante do fechamento de 139 mil vagas e da saída de 143 mil pessoas na força de trabalho. Nesse mesmo comparativo, o nível de ocupação, na média nacional, caiu 0,8%. O total de ocupados nas seis regiões pesquisadas foi estimado em 17,535 milhões de pessoas, para uma População Economicamente Ativa de 20,063 milhões.

Folhapress

Mais de 5 mil entrevistas foram realizadas e 10 mil currículos entregues no Mutirão do Emprego, que ocorreu ontem no Centro de Curitiba. Com o grande movimento, a expectativa da Secretaria Municipal do Tra­ba­lho e Emprego é preencher pelo menos a metade das 6 mil vagas que são ofertadas na capital paranaense e nos municípios da região metropolitana. As outras não devem ser preenchidas por falta de qualificação dos candidatos."Pelo perfil médio dos candidatos, acho que a efetivação de três mil novos empregos é um resultado bem possível", avaliou o superintendente da secretaria, Paulo Rossi. Outra perspectiva da prefeitura é bater um novo recorde na criação de empregos registrada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Perfil

Apesar de a maioria das pessoas que passaram pelo evento ser jovem, com pouca experiência profissional e baixa qualificação, Rossi destacou como novidade deste ano a participação crescente de candidatos mais velhos e com nível superior de escolaridade. "Isso é bom porque temos alguns segmentos de empresas que já estão priorizando a contratação de veteranos, como acontece em algumas redes de supermercados", diz.

É o caso da professora de artes que se identificou apenas com o primeiro nome, Zenir, de 53 anos. No meio da tarde, ela aguardava notícias sobre vagas na sua área junto dos demais candidatos. "Não sei se tenho o perfil de que eles precisam, mas vim checar se tem alguma vaga com a minha cara", disse. O principal empecilho, de acordo com ela, é encontrar uma oportunidade de meio período – recentemente, ela retomou estudos na área de Artes Visuais.

O administrador de empresas Ronaldo Santos Nascimento, de 43 anos, veio de Paranaguá para conferir as vagas oferecidas em Curitiba. Ele está sem emprego há cinco meses, e se mostrou otimista com a possibilidade de vir trabalhar em alguma empresa da capital. "No litoral é tudo muito espremido, não adianta deixar currículos", afirmou. Já Joel Kukla, de 34 anos, lamentou a exigência de escolaridade superior mesmo para empregos de atendimento ao público. "Tenho experiência na área, mas hoje até na cadeia de fast food eles exigem diploma. Quem não tem, perde boas oportunidades", diz.

Furto de cabos atrasou atendimento

Um furto de cabos de computadores usados pela equipe da Secretaria Municipal do Trabalho acabou atrasando o atendimento ao público no Mutirão do Emprego. De acordo com o superintendente Paulo Rossi, o equipamento foi furtado ainda no processo de instalação das barracas na praça Rui Barbosa, e deixou o fluxo de informações da equipe mais lento por cerca de três horas. "Depois que restituímos os equipamentos, o serviço foi normalizado", diz.

Rossi contou que alguns candidatos não tinham documentação básica, como carteira de trabalho ou de identidade. "Algumas pessoas ficam revoltadas ao saber que os documentos são essenciais na inscrição. Infelizmente não entendem que isso não é uma barreira nossa, mas sim requisito das empresas", avalia.

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