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Pequim – Mesmo sendo um país notório pela mão-de-ferro com que controla a internet e que emprega pelo menos 30 mil censores – responsáveis por bisbilhotar a rede o tempo todo em busca de ofensas contra o governo –, a China comemorou, em julho, a notável marca de 162 milhões de internautas. Deste total, nada menos que 122 milhões utilizam serviços de banda larga para navegar. Muito mais do que fazer crer que os internautas chineses são privilegiados, que desprezam as conexões discadas ou sem fio, este surprendente porcentual de 75% de adeptos da banda larga mostra que a maioria acessa a rede a partir das empresas, onde a conexão é geralmente de internet rápida, de acordo com o Centro de Informações da Internet na China.

Em Pequim, três empresas estatais dividem o mercado de banda larga: a CNC, a Gehua Youxian e a Greatwall Lan, sendo a primeira a maior e cujos preços são os mais altos. O que não significa, no entanto, que eles sejam proibitivos. Todas as empresas possuem pacotes de acesso com pagamento mensal – que varia entre R$ 24,76 (Gehua) a R$ 29,72 (CNC) –, semestral ou anual com desconto – de R$ 247,63 (Gehua) a R$ 297,20 (CNC).

A dificuldade do serviço, como em tudo na China, é a qualidade do pós-venda. A rede funciona geralmente bem, mas pode ficar insuportavelmente lenta em dias que (dizem os internautas em seus blogs) as autoridades estão fazendo algum tipo de rastreamento contra sites ofensivos ao governo.

A conexão também pode cair por horas seguidas de vez em quando. Neste caso, há números de telefones para contato, de suportes que funcionam 24 horas por dia. Mas os técnicos das empresas, como no bom e velho espírito de funcionalismo público, só trabalham em horário comercial e não marcam um horário fixo para aparecer. Ou seja, se a conexão cair no sábado e o problema não for na rede da empresa, o técnico só aparece na casa do internauta a partir de segunda-feira.

Para sorte dos internautas, quase todos os cafés e bares de Pequim possuem conexão wireless gratuita, o que está longe de acontecer no Brasil. Então, se a conexão for urgente, o usuário pode descer até um café e entrar na rede sem maiores complicações.

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