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Líderes das maiores economias do mundo procuram neste sábado (15) aparar suas diferenças sobre um plano de emergência para conter a maior crise financeira em décadas.

Presidentes e primeiros-ministros das potências globais sentaram-se com chefes de novas forças como o Brasil, a China e a Arábia Saudita para organizar uma resposta global para a crise.

Sinais estão se levantando sobre um grave declínio econômico em várias partes do mundo, com a zona do euro entrando em recessão, de acordo com dados da semana passada, o desemprego crescendo nos Estados Unidos e em outros países e as economias emergentes desacelerando.

Com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, apenas dois meses distante de deixar a Casa Branca e o seu sucessor, Barack Obama, tendo escolhido se ausentar do encontro em Washington, as conversas de uma revisão de cima para baixo nas finanças mundiais têm sido moderadas.

Mas líderes dizem que estão próximos de obter um acordo de mudanças, que incluem maior regulamentação para a indústria financeira mundial.

Bush disse que o encontro de líderes procurava "um caminho para assegurar que uma crise como essa não deva ocorrer novamente".

"Estou satisfeito que os líderes reafirmaram os princípios de mercados abertos e livre comércio", afirmou Bush a repórteres antes das negociações.

"Um dos perigos durante uma crise como esta é que as pessoas comecem a implementar medidas protecionistas."

"A crise não acabou. Há algum progresso sendo feito, mas ainda temos muito trabalho para fazer", acrescentou.

O encontro deste sábado deve abrir caminho para mais trabalho nos próximos meses e outra reunião, talvez em março, quando o presidente Obama poderá considerar maiores mudanças no sistema financeiro.

Assim como uma nova regulamentação, líderes consideram caminhos para abrir instituições globais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) para as economias emergentes, cujas reservas baseadas nas exportações as tornaram participantes-chave da economia mundial.

Negociações "difíceis"

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que a aproximação de um período com baixa inflação criou a possibilidade de taxas de juros mais amenas e medidas de estímulo fiscal.

Porém, ele descreveu as conversas do G20 como "difíceis".

"Serão negociações complicadas, porque os países estão vindo de posições muito diferentes e temos que juntá-las", disse Brown a repórteres antes do encontro.

Brown tem exortado o G20 para agir em conjunto para estimular a atividade econômica através de meios fiscais e monetários. "Isso é difícil para alguns países", afirmou.

"Estamos em um ambiente no qual há inflação muito baixa e, portanto, mais espaço para ação", completou.

50 medidas

A cúpula do G20 reunida em Washington deverá fazer um acordo para um plano de ação que implementará 50 medidas até o final de março, disse neste sábado a chanceler alemã, Angela Merkel.

"Esse plano de ação mostra que estamos aptos a agir", disse ela a repórteres.

"O plano de ação vai ter cerca de 50 medidas, que deverão se tornar realidade até o final de março", declarou a chanceler.

Para Merkel, trata-se de "um novo começo o que os líderes estão fazendo".

Autoridades das principais economias finalizaram um documento oficial para o encontro de líderes que indica a necessidade de melhor regulação dos mercados.

"O comunicado conterá princípios de que nenhum mercado financeiro, nem participante dos mercados financeiros ou nenhuma região possa ficar sem regulação ou supervisão", disse uma autoridade alemã que não quis ser identificada.

O documento também pede que fundos de hedge sejam mais transparentes em suas operações.

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