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Ministro considera crescimento do PIB "adequado"

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, considerou o crescimento da economia no primeiro trimestre, anunciado nesta quarta-feira pelo IBGE, "adequado" e disse que a meta do governo de expansão de 4,5% neste ano poderá ser até ultrapassada. O resultado veio ligeiramente abaixo das previsões de analistas, que, no entanto, concordam que a meta deverá ser atingida neste ano.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu, em entrevista à Bloomberg, as críticas de setores do mercado de que as medidas anunciadas ontem para compensar as perdas que determinados setores têm tido com o câmbio valorizado são seletivas.

Mantega afirmou que parte da economia está bem e não precisa de ajuda do governo. Segundo o ministro, apesar da valorização do real, o setor de commodities, por exemplo, está se beneficiando com os preços elevados no mercado internacional.

- Além disso, grandes empresas exportadoras possuem facilidades para obter financiamento e assim não é necessário criar linhas especiais. Não vamos ajudar quem está bem - disse.

Mantega, afirmou ainda que não acredita em interrupção da trajetória de queda dos juros básicos da economia, tendo em vista que o cenário atual, em sua opinião, é extremamente favorável. Ele lembrou que a taxa básica de juro (Selic) vem caindo ao longo dos últimos meses e taxas de juros de longo prazo já podem ser vistas em patamares bem inferiores. Mantega citou a inflação baixa e o próprio câmbio valorizado,que ajuda a impedir altas significativas nos preços.

- Não dá para saber o que vai acontecer no Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), nem os próprios membros do Copom sabem o que vão fazer na véspera da reunião - disse o ministro.

- Não me pronuncio a respeito de valores e de quanto o Copom deve reduzir a taxa. Há espaço para a continuidade da redução e todos os analistas acham isso também - afirmou.

O ministro voltou a defender que não haja alteração da meta de inflação, atualmente de 4,5%, para os próximos dois anos. A meta atual, argumentou Mantega, é mais confortável e permite a combinação de taxas de juros menores e um crescimento maior da economia.

- Quando você estabelece uma taxa muito baixa de inflação, ambiciosa, como se fazia no passado, o Banco Central começa a ficar nervoso, os membros do Copom começam a ficar ansiosos e acabam elevando a taxa com medo de não cumprir a meta. Prefiro uma meta mais folgada - disse o ministro, deixando claro que a decisão final sobre o tema cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN).

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