• Carregando...
 | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Está nas mãos do governador Orlando Pessuti a decisão de como será o próximo capítulo da novela em que se transformou a compra de uma draga para os portos paranaenses. Na semana passada, o juiz federal Marcos Josegrei da Silva anulou o processo de licitação realizado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) com o objetivo de fazer a aquisição do equipamento por R$ 45 milhões. Agora, o superintendente da Appa, Mario Lobo Filho, deverá se reunir com Pessuti para saber se a autarquia vai recorrer da decisão ou lançar um novo edital para a concorrência.

Como a "draga estatal" era um objetivo do ex-governador Roberto Requião – que não admitia que o estado dependesse da terceirização dos serviços de dragagem no Canal da Galheta, acesso marítimo ao Porto de Paranaguá –, não se pode descartar uma desistência da Appa em fechar o negócio.

Para professores

A editora curitibana Aymará vai fornecer quatro obras didáticas de seu portfólio para o Plano Nacional Biblioteca na Escola do Professor, que forma professores para ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos. É a primeira vez que o Ministério da Educação lança um programa nacional de compra de livros para formação docente.

A Aymará também tem unidades de negócios em Salvador, Brasília, Praia Grande, São Carlos e Santo André.

Perdigueiro

O rastreamento está virando mania e quem investe no segmento faz planos ousados de expansão. Caso da Link Monitoramento, que prevê abrir 300 franquias pelo país nos próximos dois anos. No primeiro ano de funcionamento, a empresa franqueou 32 unidades no Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Goiás e Mato Grosso. Elas rastreiam de tudo: veículos, pessoas e até objetos.

Água Verde e Amarela

A Copa vai pela metade, mas ainda rende lançamentos. A Timbu preparou um lote especial de garrafinhas de água sem gás, de 500 ml, nas cores verde e amarela. A tampa amarela e a garrafa verde geraram um custo 5% maior para a produção do lote especial, mas os revendedores compraram a ideia e o lote se esgotou em menos de uma semana.

O galão de 20 litros é o carro chefe da Timbu, que tem sede em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba.

Amém

Segmentação no mercado da religiosidade: música, livros, roupas e equipamentos musicais customizados para o chamado "consumidor cristão" estarão nos estandes da Expocristo, de 7 a 11 de julho, no Marumby Expocenter. Trata-se da sexta edição da feira e os organizadores esperam atrair 80 mil pessoas. Entre as novidades, um espaço para o pequeno consumidor cristão e telões para quem não quer perder os jogos da Copa.

Governança pública e privada

As práticas da governança corporativa ainda não são totalmente disseminadas nas empresas paranaenses, que em sua maioria possuem uma estrutura de administração familiar, mas o interesse pelo assunto vem crescendo. É o que garante o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures (foto). "A governança corporativa é uma forma de substituir a gestão ancorada em uma única pessoa por um colegiado qualificado, sob a forma de um conselho de administração e da adoção de um código de ética para os familiares e participantes da empresa", diz.

Mas, ao mesmo tempo em que agrega qualidades à gestão empresarial, a governança corporativa não é necessariamente sinônimo de competitividade para o setor privado. "Talvez, o que falte seja mais governança corporativa para o setor público", avalia Rocha Loures. O presidente da Fiep antecipou para o repórter Alexandre Nascimento um pouco das idéias que apresentará no dia 30, em palestra promovida pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Como o Paraná vai competir no mercado globalizado com uma indústria basicamente familiar e que, em grande parte, não segue os princípios da governança corporativa?

Na forma clássica de empresas de capital aberto ou nas empresas que se valem deste modelo de gestão, não vejo que tenhamos diferenças em relação aos outros estados mais industrializados do país. A competitividade varia mais de estado para estado em razão da presença do governo e da infraestrutura disponível. É difícil comparar segmentos, em termos de regiões.

Então, a indústria paranaense não perde competitividade por não aplicar de forma mais abrangente esses conceitos?

A competitividade da indústria do estado – e da indústria brasileira em geral – é boa. Em um ranking elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, com 173 países, o Brasil está na 128ª posição considerando apenas o setor público e na 27ª posição graças ao setor privado. A conclusão é que a questão da competitividade no Brasil é resultado da falta de governança do setor público, e não das empresas. No setor privado, temos exemplos em que a governança é boa e as empresas que se valem desses conceitos se dão bem. Quem não tem boa gestão no país, não sobrevive.

É possível estimar um porcentual de indústrias paranaenses que adotam essas práticas?

Não temos estatística, mas a experiência diz que a procura é grande. Embora associada às empresas de capital aberto, a lógica da governança corporativa também desperta interesse nas empresas familiares e se torna um imperativo, principalmente no momento da sucessão. Mas é possível dizer que a gestão compartilhada está bem desenvolvida do Paraná, o que faz com que a empresa que queira desenvolver um modelo de governança tenha facilidade. Governança corporativa não é um bicho de sete cabeças.

A Fiep possui algum programa específico para incentivar as práticas de governança corporativa?

Temos um programa através da Universidade Corporativa da Indústria (Unindus), com seminários sobre o tema. A própria Fiep, nos arranjos produtivos locais, aplica essas práticas de governança corporativa. Nas cooperativas, setor em que o Paraná se destaca, a governança também é comum.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]