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Fábrica da Natura em Cajamar (SP): custos altos no Brasil fazem empresa buscar oportunidades em outros países | Divulgação
Fábrica da Natura em Cajamar (SP): custos altos no Brasil fazem empresa buscar oportunidades em outros países| Foto: Divulgação

Curitiba terá centro de distribuição

A Natura programa investimentos de R$ 300 milhões em 2011, contra R$ 236 milhões em 2009. Parte desses recursos vai para a área de logística, com a abertura de novos centros de distribuição.

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"Respeitamos, mas sem ter medo"

Depois de aumentar sua participação de mercado em 2010, a Natura admite que a disputa vai ficar mais apertada em 2011, com a entrada mais forte de concorrentes no setor, como O Boticário, que lançou a marca Eudora para atuar no mercado de venda direta, e a americana Mary Kay.

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São Paulo - Com um crescimento de 21,1% em 2010, a Natura vai avançar no seu programa de internacionalização, como o início da produção, em meados do ano, na Colômbia e no México. Segundo o presidente da Natura, Alessandro Carlucci, a produção será terceirizada. Na Colômbia serão produzidas linhas de maquiagem, sabonetes e cremes; no México, serão fabricados sabonetes e perfumes.

Inicialmente, a produção vai atender aos mercados locais, mas o executivo não descarta, no futuro, produzir nesses países linhas para abastecer o próprio Brasil. De acordo com Carlucci, essa decisão vai depender de questões como custo e redução do impacto ambiental. Os custos no Brasil vêm subindo rapidamente, pressionados não apenas pelos efeitos do câmbio, mas também pela carga tributária. "Hoje 40% da nossa receita líquida vai para pagar tributos. Estamos falando de R$ 1,5 bilhão que é direcionado para a carga tributária", afirma.

Segundo o presidente da Natura, há uma preocupação com o aumento dos custos – a empresa reajustou seus preços em 6% no ano passado e em 5% em fevereiro –, mas ele descarta que a inflação vá ter impacto significativo nas vendas. "Não acredito que o aumento da inflação vá reverter os ganhos conquistados pelas classes C e D, que vão continuar a consumir", afirma.

Terceirização

A estratégia de "localização", como é chamada a iniciativa pelos executivos da empresa, começou no ano passado, com o início da produção, também por terceiros, na Argentina. O presidente da companhia não descarta a fabricação própria no futuro, mas essa não é uma estratégia prioritária. Hoje 40% dos produtos brasileiros são fabricados por terceiros. A estratégia vai incluir também a regionalização de produtos, a exemplo do que a companhia vem fazendo no Brasil – o primeiro passo foi o lançamento da linha de perfumes Ritual, exclusivamente para o México.

As operações internacionais da empresa, segundo balanço financeiro divulgado ontem, atingiram R$ 372,1 milhões em 2010. De acordo com a empresa, as vendas em moeda local cresceram 69,2% no México e na Colômbia, e 27,1% na Argentina, no Chile e no Peru. "De maneira geral, o Brasil e os demais países da América Latina vêm exibindo uma estratégia consistente de crescimento", afirmou Carlucci, ao anunciar que a empresa fechou o ano passado com receita líquida de R$ 5,13 bilhões, 21,1% maior do que no ano passado. O lucro líquido atingiu R$ 744,1 milhões, avanço de 8,8% sobre o ano anterior.

A empresa aumentou sua participação de mercado no setor de perfumaria e higiene, de 22,5% nos primeiros dez meses de 2009 para 23,6% no mesmo período de 2010. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, amortizações e depreciações) aumentou R$ 1,26 bilhão, com avanço de 24,6%.

A repórter viajou a convite da Natura.

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