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Mesmo que os aviões da Varig sejam arrestados em decisão na quarta-feira pela Corte de Falência de Nova York, o leilão da empresa será realizado em 5 de junho, informou o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da companhia.

Ele descartou, entretanto, a hipótese de a companhia perder parte da sua frota às vésperas da venda.

- Eu me coloco na cabeça do juiz, não tem como tomar uma decisão de arresto com um leilão marcado - afirmou Ayoub nesta terça-feira, data da publicação do edital do leilão da companhia.

O juiz afirmou que considera o colega Robert Drain, de Nova York, como "ligado a decisões que se preocupam com o aspecto social", e não vê motivos para um parecer desfavorável.

Sem contar com uma eventual resolução nova-iorquina para entrega de aeronaves, a Varig busca devolver 15 aviões, o que reduz a frota da empresa - líder de mercado até meados de 2003- para o total de 60 em maio, de acordo com a assessoria de imprensa. Em atividade, porém, estão apenas 47 aeronaves.

A assessoria não soube informar quantos aviões poderiam ser arrestados, caso haja uma decisão desfavorável na Corte de Nova York, alegando que na audiência "será discutida a situação da Varig como um todo".

A última ação contra a companhia brasileira foi impetrada pela empresa de leasing International Lease Finance Corporation (ILFC), que solicita a devolução de dois Boeing 737-300 e pagamento de parcelas atrasadas. Conforme a assessoria da Varig, os dois aviões não foram devolvidos devido à greve da Receita Federal.

Com menos oferta de aviões, a participação da Varig no mercado doméstico caiu para 16,5% em abril, contra 26,7% há um ano e 30,6% em abril de 2004. Os funcionários estão sem receber há um mês e, dentro do Brasil, a administradora de aeroportos Infraero entrou na Justiça para receber taxas aeroportuárias em atraso.

Na próxima segunda-feira, a Varig operacional - separada das dívidas e de tudo que não se relaciona com operação de vôo - será leiloada pelo preço mínimo de US$ 860 milhões, se vendida inteira, e de US$ 700 milhões, se sair somente a parte doméstica.

De acordo com o edital, caso os preços mínimos não sejam atingidos, a empresa será vendida, no mesmo dia, pela melhor oferta. O leilão acontecerá na sede da empresa no Rio de Janeiro, ao lado do Aeroporto Santos Dumont. A sala de informações com dados da companhia está disponível a partir de quarta-feira.

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