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Os contrastes econômicos e sociais são evidentes dentro da própria região metropolitana. Municípios como Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré e Itaperuçu, que integram a Grande Curitiba, enfrentam problemas sérios de desemprego e serviços públicos insuficientes para atender a população crescente. O processo de industrialização da região atraiu pessoas de todo o país, especialmente do interior do estado, que migraram em busca de novas oportunidades. No entanto, o crescimento da economia não foi suficiente para dar emprego para todo esse contingente de trabalhadores. Essa população que não conseguiu se colocar no mercado se concentrou na periferia de Curitiba e nas cidades vizinhas, criando bolsões de pobreza.

Enquanto Araucária tem o terceiro maior PIB do Paraná e o melhor IDH da região, Itaperuçu, que fica apenas 34 quilômetros de Curitiba, tem um dos piores IDHs do estado (0,68, contra 0,80 de Araucária e 0,78 do Paraná). O secretário estadual para Assuntos da Região Metropolitana de Curitiba, Edson Luiz Strapasson, defende uma política regional de desenvolvimento, com subsídios sociais para as cidades mais pobres. "Seria preciso rever a modelagem do pacto federativo, com mudanças na distribuição dos recursos para os municípios", diz Strapasson.

Com poucos recursos, as prefeituras têm dificuldade para investir em obras de infra-estrutura e qualificação da mão de obra, condições mínimas para atrair empresas. "Temos condições de resolver os problemas sozinhos, mas isso pode demorar cem anos", diz o prefeito de Fazenda Rio Grande, Antônio Vandsheer. Segundo o prefeito, a cidade tem uma posição geográfica privilegiada, localizada no corredor do Mercosul e próximo do Porto de Paranaguá, mas carece de infra-estrutura. "Estamos isolados."

O prefeito de Almirante Tamandaré, Vilson Rogério Goinski, concorda. "Temos 300 quilômetros de ruas e estradas não asfaltadas", diz. Ele afirma que não existem recursos disponíveis para as prefeituras, pois as linhas de crédito oferecidas pelos governos do estado e federal são financiamentos e as prefeituras não têm condições de se endividar mais do que já estão. (FO)

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