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Modelo de netbook da Itautec: cliente é quem decide com qual operadora vai trabalhar | Divulgação
Modelo de netbook da Itautec: cliente é quem decide com qual operadora vai trabalhar| Foto: Divulgação

São Paulo - Com um pouco de atraso, como admite o próprio vice-presidente comercial, Cláudio Vita, a Itautec entrou no promissor mercado de netbooks. "Não fomos pioneiros, mas entramos fazendo a aposta certa", afirma Vita, referindo-se ao modelo com tela de dez polegadas adotada pela companhia e que vem se tornando a tendência para os aparelhos. Os modelos de netbook da Itautec sairão com preço a partir de R$ 1.699, mas segundo o executivo virão com configuração mais avançada em relação aos micros dos concorrentes com valor mais baixo.

O computador, lançado oficialmente na semana passada, é equipado com chip Intel Atom, com velocidade de 1.6 gigahertz, memória de 1 gigabyte e HD com capacidade de armazenar 80 gigabytes, além de webcam. Segundo Vita, a empresa optou por não embutir o chip de nenhuma operadora no modem 3G que acompanha o aparelho e deixou a opção da escolha da prestadora do serviço de internet para o cliente. "Optamos por dar prioridade à mobilidade, já que a cobertura das operadoras varia dependendo da região do País."

O aparelho ainda conta com o apelo da sustentabilidade: trata-se do primeiro produto nacional que segue a norma europeia RoHS, a qual proíbe o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente, como o chumbo.

O netbook é uma das apostas da Itautec para o mercado de varejo no País. Mas apesar do forte crescimento nas vendas de computadores portáteis nos últimos anos, o executivo avalia que os PCs convencionais devem continuar com maior demanda entre os clientes corporativos, por questões de segurança das informações. O vice-presidente da Itautec afirma que as vendas de computadores ao varejo foram bastante afetadas pela crise e só agora começam a dar sinais de recuperação.

Vita explica que as receitas no segmento de informática para a companhia têm uma curva ascendente ao longo do ano até atingir o pico em novembro. "Neste mês, as vendas ainda estão no patamar referente a março, mas vêm mostrando evolução", diz.

No momento, a empresa trava uma pequena batalha na negociação com os grandes varejistas, que demandam o repasse imediato da queda recente do dólar para os preços. "O problema é que, quando a moeda subiu meses atrás, os clientes não aceitaram aumento e tivemos perda de margens", lembra, ao justificar que uma redução de valores agora representaria uma nova perda de margem para o fabricante.

Na área de automação comercial, a empresa projeta o crescimento do chamado "self checkout", máquina que processa automaticamente as compras realizadas em estabelecimentos como supermercados, sem a necessidade de intervenção humana. A Itautec possui aproximadamente 200 aparelhos do tipo em operação, mas vem negociando grandes contratos com clientes europeus. "O produto tem potencial grande de crescimento em mercados mais maduros, onde a mão-de-obra é mais cara", argumenta. Segundo Vita, os novos self checkouts também funcionarão como uma espécie de caixa eletrônico, em que o cliente poderá fazer saques enquanto paga as compras.

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