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A Varig demitiu nesta sexta-feira (28) 41 dos 66 funcionários da companhia que trabalhavam na loja no Centro de Curitiba e no Aeroporto Internacional Afonso Pena, região metropolitana de Curitiba. Todos da loja foram dispensados e o estabelecimento fechado. Restaram apenas 25: um gerente, três supervisores e 21 atendentes, que também serão demitidos e recontratados pela nova controladora da companhia aérea. Como a Varig mantém suspenso os 14 vôos no Afonso Pena, todos os pilotos e co-pilotos entraram na lista de dispensas.

Estas e outras 5.459 demissões em todo o Brasil, totalizando 5.500 funcionários, foram anunciadas pela empresa nesta sexta dentro de seu processo de reestruturação - pela manhã a imprensa noticiou que o número de dispensas poderia ser de 10 mil. Os funcionários dispensados foram avisados do desligamento por seus superiores e, em casos excepcionais, por carta. A Varig reafirmou o compromisso de contratação desses mesmos funcionários com a retomada do crescimento da frota e a conseqüente ampliação de sua malha.

Em Curitiba, a gerente da Varig, Tânia Vargas, 29 anos de empresa, recebeu as cartas de demissões dos 41 funcionários por e-mail por volta de 15h. Às 17h30, Tânia reuniu toda a equipe e anunciou as dispensas. "É uma situação horrível, mas apesar disso os funcionários estavam 'tranqüilos', pois já esperavam", disse.

"Para mim foi uma felicidade. Agora é trabalhar para aumentar a malha. Só assim os amigos que foram dispensados poderão ser recontratados pela nova empresa", resumiu Dimorvan Scatola - funcionário com 19 anos de empresa e um dos 21 atendentes que não foram dispensados.

Os 25 funcionários que escaparam da lista de dispensas trabalharão no Afonso Pena atendendo ligações, clientes e fazendo o despacho de eventuais passageiros e bagagens. Em relação à milhagem, Tânia informou que elas serão creditadas em trecho onde a nova empresa está operando - principalmente a ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo.

Vôos continuam suspensos no Paraná

Os 14 vôos que operam no Afonso Pena continuam suspensos por tempo indeterminado, mas com a garantia de que pelos menos alguns deles serão retomados em breve. "Semana que vem a nova diretoria deve definir a malha. Não sei quantos, mas acredito que alguns deles voltarão a operar em breve", explica Tânia citando que em alguns aeroportos a Varig demitiu todos os funcionários. "Como restaram 25 aqui (Afonso Pena) é sinal de que vamos retomar alguns vôos", completou a gerente.

Os critérios levados em conta pela gerente para manter os 24 funcionários foram, entre outros, motivação, comprometimento e comportamento de equipe. "O nosso time era muito bom, foi muito difícil", desabafa Tânia. O tempo de carreira e a idade não foram levados em conta, segundo a gerente.

Foz do Iguaçu

Em Foz do Iguaçu (região Oeste), onde a Varig opera cinco vôos, a reportagem da Gazeta do Povo Online não conseguiu entrar em contato com o gerente. Procurada, a assessoria da companhia no Rio de Janeiro informou que não está quantificando as demissões por região. Assim como no Afonso Pena, os vôos estão suspensos.

Varig demite menos que o previsto

Em nota, a companhia informou que manterá 3.985 funcionários do total de 9.485 que trabalham no Brasil. O plano de recuperação da empresa previa anteriormente a manutenção de 1,5 mil a 2 mil trabalhadores.

Vôos operando no Brasil

A companhia informa que atualmente voa para São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador, Recife, Manaus (rotas no Brasil), Frankfurt e Buenos Aires (no exterior) com um total de 10 aeronaves. Além desses, a empresa opera a ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo diariamente. A companhia mantém vôos extras para a Europa e América do Sul e um diário para Miami e Nova York em dias alternados.

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