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“Noiva” cobiçada, pacote de marcas já tem pretendentes

Quem quiser entrar no mercado de produtos alimentícios para concorrer com as marcas da BRF terá de mostrar que tem peso para isso. O acordo fechado ontem prevê que a "noiva" criada com o pacote de marcas e ativos da empresa que serão vendidos só poderá ser levada por um "cavalheiro" que tiver condições de pagar o dote e ainda comprovar que tem recursos para investir no futuro.

O mercado já começou a se movimentar. Tanto o Cade quanto a empresa negam que já tenham alguma companhia como foco para comprar as marcas menores e ativos da BRF. Nomes como Marfrig, JBS e Tyson, no entanto, já circularam nos corredores da sede do órgão antitruste ontem. "A especulação dos nomes deixo para vocês", disse a jornalistas o conselheiro do Cade Olavo Chinaglia.

Na BRF, as insinuações já começaram. "Ofertas formais ainda não existem, mas há tanto amigos, que aumentaram bastante nos últimos dias, quanto urubus também", comentou o presidente da companhia, José Antonio Fay, durante teleconferência ontem. O próximo passo da companhia é preparar a noiva – leia-se apresentar o valor econômico dos ativos a serem vendidos, o que será vendido e quanto valem. "Não é qualquer noiva. É uma noiva bonita, filha bem cuidada", brincou Fay.

O que será oferecido ao mercado são as 12 marcas de segunda linha – tecnicamente denominadas "marcas de combate". Elas são usadas para evitar que novas empresas concorrentes entrem no mercado para disputar com as líderes Sadia e Perdigão. Quando uma nova empresa surge, cabe aos produtos desses selos duelar com a novata do setor até que ela definhe e acabe sendo engolida pelas líderes.

O que foi determinado é que a venda de ativos e marcas de combate da Brasil Foods deverá ser feita a um só comprador. O Cade disse ser até possível se negociar um "pedaço aqui, outro acolá", mas a intenção é que a alienação seja feita em conjunto.

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