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Londres

Nokia muda para crescer no mercado de smartphones

O novo Nokia C7, smartphone voltado para o entretenimento | Divulgação/Apple
O novo Nokia C7, smartphone voltado para o entretenimento (Foto: Divulgação/Apple)

Em meio a mudanças importantes em seu comando global, como a saída do presidente executivo e do vice-presidente de soluções móveis, a Nokia anunciou, em Londres, sua estratégia de crescimento no mercado de smartphones. Com a sugestiva frase "a No­­kia está de volta’’, Niklas Savander, vice-presidente executivo da companhia, afirmou que os planos para bater a Apple e o Google, que crescem expressivamente no mercado de smartphones, envolvem desde o lançamento de novos aparelhos até a mudança de posicionamento da equipe de gestores. As mudanças te­­rão efeito a partir de amanhã, quando Ste­phen Elop, ex-executivo da Mi­­cro­­soft, as­­sume a presidência global da companhia. "Não fomos com­­petitivos em smart­pho­­­­nes como deveríamos, mas isso está prestes a mu­­dar’’, disse Elop.

Entre as novidades estão três aparelhos que rodam a nova versão do sistema operacional Symbian. Com apelo à conectividade móvel à internet, dois deles – o C6 e o C7– são focados em entretenimento: câmera de oito megapixels, tela sensível a toque, tevê pela web e conectividade a redes sociais com base em localização.

O terceiro modelo, o E7, tem como foco o consumidor corporativo. Maior do que os novos modelos da série C, ele traz teclado deslizante e promete rodar até 25 aplicações ao mesmo tempo e ser um "escritório móvel completo’’. "Antes não tínhamos uma linha de produtos competitivos de ponta a ponta. Esses modelos evidenciam uma mudança brutal e indicam que voltamos a aparecer perante os olhos do consumidor’’, disse Savander.

Desde o lançamento do iPhone, em 2007, o valor das ações da Nokia caiu 60%, cortando mais de US$ 60 bilhões do valor de mer­­cado da companhia. A em­­presa, que nunca teve vendas re­­presentativas nos Estados Uni­­dos, passou a perder para a Apple participação em outros mercados importantes, como a Europa. Os modelos lançados na semana passada foram vistos por observadores como uma maneira de oferecer aos usuários uma experiência de uso comparável à do iPhone.

Mudança no comando

O anúncio dos novos produtos vem em um momento especialmente sensível para a Nokia. Às vésperas da conferência, a companhia anunciou a saída de dois de seus principais executivos: Olli-Pekka Kallasvuo, presidente mun­­dial, e Anssi Vanjoki, vice-pre­­si­­dente executivo de soluções mó­­veis. Vanjoki permanece por ainda seis meses no cargo. Nos cor­­re­­dores do evento também circulam rumores de que o presidente do conselho, Jorma Ollila, considera deixar a companhia em 2012.

No segundo trimestre, a Nokia registrou 38,1% de participação de mercado, ligeira queda frente os 40,3% do mesmo período do ano anterior. Em volume de unidades, a companhia elevou as vendas de 16,9 milhões para 24 milhões de celulares. "Como líder de mercado em celulares, a Nokia apostou errado sobre os smartphones e perdeu fatias im­­portantes para companhias menores como HTC e Apple’’, diz Robert Enderle, presidente da consultoria americana Ender­­le Group.

A repórter Camila Fusco viajou a convite da Nokia.

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