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Bematech cresce com hardware

Impulsionado pelas áreas de hardware e serviços, a Bematech aumentou a receita líquida em 31% no segundo trimestre deste ano, que chegou a R$ 59,1 milhões. No mesmo período, o lucro bruto foi de R$ 29,4 milhões – 27,8% superior ao apresentado no período anterior. Empresa de capital aberto, com sede da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), a Bematech é líder nacional na produção de mini-impressoras fiscais e também produz outros produtos de automação comercial.

"Desconsiderando os custos da abertura de capital, que totalizaram R$ 22,6 milhões no trimestre, a companhia quadruplicou seu resultado operacional em comparação ao mesmo período do ano anterior e se mostra preparada para manter resultado positivo no segundo semestre, período que historicamente concentra cerca de 55% do faturamento do setor", diz o diretor vice-presidente de finanças e de relações com investidores da Bematech, Luciano Sfoggia.

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A Positivo Informática fechou o primeiro semestre deste ano com receita bruta de R$ 995,1 milhões – cerca de 74,9% a mais que no mesmo período de 2006. Nesse ritmo, a marca de R$ 1 bilhão pode ser atingida bem mais cedo em 2007 – no ano passado o faturamento chegou nesse nível apenas no começo do quarto trimestre. O resultado total de 2006 foi de R$ 1,3 bilhão.

A empresa, que tem sede e fábrica em Curitiba, segue se beneficiando do boom no mercado brasileiro de PCs, resultado da combinação de queda nos preços com aumento de crédito. Maior fabricante de microcomputadores do país, a Positivo vendeu 631,7 mil unidades nos seis primeiros meses desse ano, quase 74,8% a mais na comparação com o ano passado. Expansão que se deve, em grande parte, ao segmento de desktops.

Segundo o vice-presidente de finanças da empresa, Lucas Guimarães, neste período a venda de aparelhos portáteis cresceu mais de 700%, enquanto a de desktops aumentou "apenas" 57%. Em números absolutos, a Positivo Informática vendeu 80 mil e 551 mil unidades, respectivamente, entre janeiro e junho. No segundo trimestre do ano passado, os notebooks representavam 3,5% do total vendido pela companhia. Neste ano, o porcentual passou para 15,3%.

A explicação para o ganho de mercado está no preço. Com a queda do dólar e as isenções fiscais oferecidas pelo governo (que no início eram apenas para os computadores de mesa), o preço dos notebooks despencou, e se aproximou do preço dos desktops.

Guimarães diz que ainda há muito espaço para este mercado crescer, já que a participação dos portáteis no mercado brasileiro de PCs (10,2%) ainda é pequena se comparada com a de outros países. Na Índia, por exemplo, é de 19%, e no Chile o porcentual chega a 42%.

O vice-presidente prefere não apostar, no entanto, sobre onde está o ponto de equilíbrio para o Brasil. "É difícil dizer se vamos ser uma Índia ou um Chile", diz. Sobre as expectativas da empresa especificamente para este segmento, ele prefere dizer apenas que acompanham as do mercado como um todo. "Estamos planejando o crescimento da nossa produção de acordo com as expectativas do mercado. Vamos crescer onde houver demanda."

Ainda de acordo com os dados dos balanços do segundo trimestre e do primeiro semestre, que serão apresentados aos investidores hoje, a receita líquida ajustada da Positivo Informática foi de R$ 498,8 milhões entre abril e junho, um aumento de 94% se comparada a do mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, o lucro líquido cresceu 104,6% – totalizando R$ 76,2 milhões.

A queda nos preços não só de notebooks, mas também dos desktops, segundo Guimarães, tem contribuído muito para o crescimento das vendas do setor. "A maior parte dos nossos custos está atrelada ao dólar. Ou seja, o câmbio tem reduzido os preços do produto final."

Varejo

A Positivo atribui o crescimento nas vendas também ao seu "forte posicionamento" no varejo, principal responsável pela oferta de crédito aos consumidores de renda mais baixa. Entre abril e junho deste ano, as vendas de varejo representaram 78,4% do total comercializado pela Positivo Informática – outros 3,6% foram para o mercado corporativo e 18,4% para o governo. O porcentual representa uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando o varejo representava 90,3% do total.

Segundo Guimarães, no entanto, essa é uma situação pontual, provocada pela entrega de 62 mil microcomputadores para o Ministério da Educação, o que elevou a fatia das vendas para o governo, que foi de apenas 7,8% em 2006. "Vencemos uma licitação no fim do ano passado, mas a entrega ocorreu agora no segundo trimestre."

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