Celular sai até R$ 1 mil mais barato em marketplace de usados e reembalados

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Criado em 2012 para escoar produtos com pequenas avarias vendidos pelas Casas Bahia e por outras empresas do grupo Via Varejo, o site Barateiro agora funciona como marketplace. Significa que outras lojas, parceiras, vão poder vender itens usados e reembalados, com desconto, por dentro da plataforma.

É o conceito do outlet. Produtos com pequenos danos, como uma embalagem rasgada ou um leve arranhão, não podem ser vendidos como novos nas lojas do grupo (Casas Bahia, Extra e Ponto Frio). Vão para o Barateiro, que os vendem com descontos, que podem passar dos R$ 1 mil, principalmente em produtos eletrônicos, como celulares e notebooks.

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O Barateiro já funciona neste esquema desde 2012. A novidade é Marketplace, que é a possibilidade de outras lojas estarem dentro da plataforma. É uma prática cada vez mais comum em lojas na internet. Mas incomum para usados e reembalados.

Diretor de Marketplace da Via Varejo, Paulo Madureira explica o perfil do site é um pouco diferente do dee outros sites de compra e venda, que permitem ao consumidor comum venderem seus produtos usados. O Barateiro promete um rigor com os parceiros, para garantir que só sejam vendidos produtos vendidos em bom estado e perfeitas condições de uso.

Para tal, a plataforma autorizou a operação de apenas dois parceiros, em uma primeira fase. Um deles é a Mais Barato Store, vinculado à norte-americana Brightstar, gigante do segmento de recompra de celulares.

A Brightstar, inclusive, é quem opera outro serviço do grupo, o "Casas Bahia Recompra". Plataforma que permite aos clientes utilizarem seus celulares e tablets usados na compra de novos.

Também já opera dentro do marketplace do Barateiro a Webfones, especializada em telefonia e games. A previsão da empresa é alavancar o crescimento em 60%, até o fim do ano, com a entrada das novas lojas. Para 2018, a projeção é de dobrar as vendas, em relação a 2017.

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Como funciona

O funcionamento Barateiro é similar ao de outras grandes lojas online. São nove departamentos principais (telefonia, eletrodomésticos, informática, eletrônicos, casa, moda e beleza, cultura e diversão, bebês e brinquedos e serviços), pelos quais o usuário pode navegar, além de fazer buscas diretamente pelo produto pretendido.

Uma diferença em relação a outras lojas são os três selos, de produto “novo”, “usado” e “reembalado”. Os usados podem ser tanto produtos comprados de clientes (desde que em bom estado), quanto produtos que foram comprados e imediatamente devolvidos (o Código de Defesa do Consumidor permite a devolução de produtos comprados via e-commerce até sete dias após o recebimento).

Já os produtos reembaladas nunca chegaram a sair da loja, mas tiveram alguma pequena avaria, que não compromete o seu funcionamento. Nestes casos, o consumidor têm direito à garantia do fabricante, como em qualquer produto novo.

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O comprador de Carambeí

Wandersson do Amaral Lemos é um viciado em produtos reembalados. Na verdade, ele gosta mesmo é de economizar dinheiro, e vasculha a internet em busca de promoções. Só na plataforma do Barateiro, ele estima já ter comprado cinco celulares, dois computadores pelo menos um tablet.

Ele conta que o segredo é ir vasculhando, ver o que está disponível no dia, e comparar com o preço de outros sites. O problema é que nem sempre tem boas ofertas. E, quando elas surgem, talvez Lemos não precise daquele produto.

Aí ele indica para amigos e conhecidos. Seus clientes (ele trabalha em uma oficina mecânica em Carambeí, no interior do Paraná) já criaram o costume de pedir para Wandersson comprar eletrônicos.

Do seu histórico de compras, ele destaca um celular Note 4, da Samsung, ("paguei R$ 1,6 mil. Ele custava R$ 2,5 mil na época"), e um notebook da Acer com processador i5, 8 gigabytes de memória e 1 tera de HD ("foi R$ 1.400 parcelado em 10 vezes sem juros, na loja era R$ 2.500").