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O desligamento do sinal analógico de televisão começou em março de 2016, na cidade de Rio Verde (GO), e prossegue de maneira gradual até 2023 em todos os municípios brasileiros. Trata-se de uma determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a fim de liberar a faixa de 700 MHz para que as operadoras de telefonia móvel possam utilizá-la na distribuição do sinal 4G.Os canais de televisão também saem ganhando, porque passam a transmitir suas programações através do sinal digital, com qualidade de imagem superior e menos suscetível a instabilidades.

Em Curitiba e mais 26 cidades vizinhas, além das outras duas capitais da Região Sul, o sinal analógico de televisão será desligado às 23h59 desta quarta-feira (31). Em outros municípios, como nas capitais Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Recife, Fortaleza, Salvador, Vitória e Belo Horizonte, além das cidades no entorno, o sinal analógico já foi desligado entre o fim de 2016 e 2017.

Faixa de 700 MHz fica livre para internet

Com o fim do sinal analógico em diversas cidades, a faixa de 700 MHz começa a ficar livre para utilização das operadoras nessas regiões. A faixa apresenta boas características de propagação e penetração, de forma que seu uso na rede 4G proporciona melhoria de cobertura em ambientes fechados, nas áreas com maior densidade populacional e maior alcance nas regiões periféricas.

Na prática, a nova faixa do espectro permite acesso à internet em alta velocidade e oferece uma melhor experiência para quem gosta ou precisa de conexões rápidas e estáveis no celular — como para ver vídeos ou jogar games online.

Somado a isso, a frequência de 700 MHz permite a liberação de serviço de voz em alta definição sobre a rede 4G, o chamado VoLTE. Para usufruir desse avanço, o consumidor deve utilizar aparelhos compatíveis com a tecnologia e a operadora, tê-la habilitado.

A Seja Digital, entidade responsável por operacionalizar a migração do sinal de TV aberta do analógico para o digital, informou que as operadoras podem levar até nove meses para começar a utilizar a faixa de 700 MHz para o 4G após concluído o processo de desligamento do sinal analógico. Isso porque há um período de transição antes da liberação total da faixa para as operadoras. Esse período inclui testes para mitigar as possibilidade de interferência do sinal 4G na transmissão digital de televisão e também serve para concluir a limpeza de espectro.

Operadoras dizem que processo melhora o 4G

Com a liberação da frequência de 700 MHz, a percepção de melhora na banda larga móvel é sentida pelos consumidores nas cidades que já operam com o 4G na nova faixa, como Brasília, Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro. É o que garantem as operadoras móveis.

A TIM foi a primeira a ativar a rede 4G na faixa de 700 MHz no Brasil. Atualmente, ela opera com essa frequência em 916 municípios no país, sendo nove no Paraná (Laranjal, Ibaiti, Jaboti, Pinhalão, Sapopema, Porto Rico, Barracão, Boa Esperança do Iguaçu e Cruzeiro do Iguaçu). Todos os aparelhos do portfólio atual da operadora são compatíveis com a faixa de 700 MHz.

A Vivo utiliza a faixa de 700 MHz através das redes de dados móvel 4G/4G+ em algumas dezenas de cidades da região sul do país. Essas cidades tiveram esta faixa disponibilizada para uso em 2017 por não dependerem da desativação do sinal analógico de TV. São cidades como Dom Pedrito e Piratini, no Rio Grande do Sul e Santa Isabel do Ivaí, no Paraná. Já entre as cidades onde foi necessário aguardar o desligamento do sinal analógico, a Vivo opera em capitais como Goiânia.

A Claro informou que, mesmo antes de liberação da faixa de 700 MHz, aumentou a velocidade da internet com a disponibilização do 4,5G em diverdas cidades. O 4,5G combina duas ou mais faixas para aumentar a largura de banda. Dessa forma, a velocidade média da internet móvel passou de 30 para 150 megabits por segundo. A operadora está utilizando a faixa de 700 MHz em cerca de 160 cidades no Brasil; até o momento, nenhuma no Paraná.

A Oi não comprou o direito de utilização da faixa de 700 MHz e vai continuar a oferecer o sinal 4G em outra frequência, a de 2,6 GHz.

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