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Medidor usado pela Copel será uma variação deste modelo. | Landis+Gyr/Divulgação
Medidor usado pela Copel será uma variação deste modelo.| Foto: Landis+Gyr/Divulgação

A Copel anunciou, durante o Smart City Expo, evento de cidades inteligentes que começou nesta quarta-feira (28), em Curitiba, que começará a instalar medidores inteligentes de energia no Paraná. A empresa diz que essa tecnologia é um dos primeiros passos para o futuro da rede elétrica e um aspecto importante na transformação das cidades inteligentes.

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A primeira cidade a receber os medidores será Ipiranga, com cerca de 5 mil unidades medidoras. O processo começa agora em março, levará sete meses para ser concluído e não terá custo algum para os clientes. Serão agendadas visitas nas unidades consumidoras de funcionários da Landis+Gyr, empresa suíça referência nessa tecnologia que ganhou a licitação para o projeto, a fim de realizarem a troca dos medidores. O modelo a ser instalado é o E450.

Marcos Camillo, gerente-assistente da superintendência de smart grid e projetos especiais da Copel, ressalta que Ipiranga será a primeira cidade do Brasil a incorporar esses medidores inteligentes, uma tecnologia que já é usada em países como Canadá, Estados Unidos e Japão.

De imediato, as principais vantagens são a medição automática e remota do consumo, o que dispensa a atual leitura manual feita por funcionários da Copel, e o envio automático de alertas quando houver quedas de energia. “O cliente não precisará mais interagir com a Copel por falta de energia. Quando a energia acaba, ele [o medidor inteligente] informa a Copel o que está acontecendo, resultando em um atendimento mais rápido”, explica Camillo.

Futuro mais inteligente

No futuro, os dados gerados pelos medidores abastecerão outros sistemas e serviços. Camillo comenta que eles proporcionarão o “learning day by day”, ou seja, o fornecimento constante e em tempo real do consumo da unidade, acessíveis pelos clientes. Com esses dados, eles poderão entender melhor como gastam energia e detectar pontos de otimização, gerando economia na conta de luz.

Esse cenário será complementado por empresas e startups, que poderão criar em cima dos dados gerados pelos medidores inteligentes. Essa etapa, porém, ainda está distante de se tornar realidade. Camillo explica que “tem regulação e uma série de questões [a serem resolvidas] antes de abrir para terceiros, como startups”. A Copel fará chamadas públicas para trazer universidades e outros entes à discussão e espera que o piloto em Ipiranga seja a primeira de uma série de ações para acelerar o amadurecimento desse ecossistema.

Depois de Ipiranga, a próxima cidade a receber medidores inteligentes será São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, com 120 mil unidades consumidoras. Ali, a expectativa é que a substituição leve dois anos e meio para ser concluída.

A Copel está estudando como se dará a expansão da tecnologia para o restante do Paraná e, por isso, ainda não tem um prazo estipulado para essa troca completa. Camillo diz que em outras regiões de dimensões similares à do estado, como Quebec, no Canadá, a substituição completa levou cerca de dez anos para acontecer.

Atualização (15h45): O processo de implantação dos medidores inteligentes em Ipiranga levará sete meses, e não cinco como publicado originalmente.

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