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| Foto: Simon Dawson/Bloomberg

Apesar de ter circulado a informação que a Embraer teria aceito a proposta da americana Boeing para que as duas companhias formassem uma terceira empresa (joint venture), a fabricante brasileira emitiu um comunicado nesta sexta-feira (2) para afirmar que ainda não recebeu nenhuma proposta concreta da Boeing, mas que as duas companhias mantêm as conversações para uma possível combinação de seus negócios. Ela destacou que as fabricantes estão analisando as possibilidades de acordo, o que pode incluir a criação de outras empresas. 

”Embraer e Boeing têm mantido entendimentos, inclusive por meio do grupo de trabalho, do qual o governo brasileiro participa, com vistas a avaliar possibilidades para combinação de negócios. Destaca-se que a Embraer não aceitou e tampouco recebeu proposta da Boeing, uma vez que as partes envolvidas ainda estão analisando possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, que poderão incluir a criação de outras sociedades”, afirmou a Embraer em comunicado.

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A fabricante brasileira disse, ainda, que “não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar” e que, se concretizada, “sua eventual implementação estará sujeita à aprovação não somente do governo brasileiro, mas também dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e dos órgãos societários das duas companhias”. 

Joint venture vira possibilidade mais forte de acordo 

Na manhã desta sexta-feira (2), a jornalista Míriam Leitão divulgou em seu blog que a Embraer teria aceito a proposta da Boeing para criação de uma terceira empresa na área comercial. O segmento de defesa, uma das principais preocupações do governo brasileiro, teria ficado de fora do acordo.

A notícia fez as ações da Embraer dispararem na B3, a bolsa oficial de valores do Brasil. As ações da companhia chegaram a ser negociadas a R$ 22,29 durante o dia e fecharam o pregão em R$ 21,30, uma alta de 4,41%. 

A criação de uma joint venture na área de aviação comercial já era uma das possibilidades cogitadas diante da resistência do governo brasileiro em ceder o controle da Embraer à fabricante americana. A Boeing teria interesse em comprar a Embraer, mas a o governo brasileiro, que tem uma ação especial que lhe dá direito a vetar decisões estratégicas, como troca de controle, descartou essa possibilidade desde o início das negociações.

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Com isso, a Boeing e a Embraer estudam, junto com o governo brasileiro, outras formas de parceria. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, teria, em uma das reuniões, recomendado a criação de uma terceira empresa.

Por enquanto, a Embraer afirma que as duas fabricantes ainda estão conversando sobre as possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, mas, pela primeira vez desde quando o caso veio à tona, em dezembro do ano passado, ela mencionou a possibilidade de criação de outras empresas.

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