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Até 2013, a Apple apresentava apenas um novo iPhone por ano. Além de catapultar o faturamento da empresa, a expansão da linha, com dois modelos a partir de 2014, abriu uma pequena fonte de diferenciações — fora o tamanho da tela e da bateria, a câmera do iPhone maior passou a trazer tecnologia mais avançada. O iPhone X, que celebra o décimo aniversário do aparelho, inaugura um novo patamar. Lá fora, ele custará US$ 1 mil. Aqui, segundo informações apuradas pelo blog MacMagazine, o preço será de R$ 6 mil. Existirá demanda para um celular tão caro?

Esse preço seria para o iPhone X de entrada, com 64 GB de memória interna. O modelo mais caro, com 256 GB, custará R$ 7 mil, de acordo com o site, que tem um bom histórico na antecipação de preços de iPhone. Por esse preço, é possível comprar uma passagem de ida e volta para Miami, na Flórida, e um iPhone X de 64 GB nos Estados Unidos — e ainda sobra um trocado.

Há demanda para um iPhone que pode passar dos R$ 7 mil? Tem quem ache que sim, e por uma série de fatores. Na época em que surgiram os rumores de que o novo iPhone custaria US$ 1 mil lá fora, o colunista Christopher Mims, do Wall Street Journal, conversou com pesquisadores e professores de marketing e se convenceu de que um iPhone premium faz sentido dentro da estratégia da Apple. 

 Entre os argumentos, estão a elevação do preço médio de venda (o número mais importante para a Apple, aquele que determina as suas margens de lucro) e a teoria do economista e sociólogo Thorstein Veblen, que diz que, contrário à lógica, certas categorias vendem mais quando seus produtos encarecem. 

Outros analistas fazem a analogia com o chamado “efeito halo” para racionalizar o possível movimento da Apple. Ele explica um produto de ponta que é lançado pela empresa não para vender em grandes volumes, mas sim para influenciar a percepção do público, apresentar tecnologias-chave que valorizem e posicionem a marca e, com isso, impulsionar as vendas de variantes mais baratas. 

Na indústria automotiva, por exemplo, isso é bastante comum – o Accord e o Camry, da Honda e Toyota, respectivamente, cumprem esse papel para ajudar nas vendas do Civic e do Corolla.

A recepção fria dos consumidores ao iPhone 8, que tem visual parecido com as últimas gerações da linha e menos novidades que o iPhone X, pode sugerir que muita gente aguarda o modelo mais caro e está disposta a pagar a diferença.

O iPhone X entra em pré-venda nos Estados Unidos nesta sexta-feira (27) e começa a ser vendido no próximo dia 3/11. Ainda não há data prevista para que o modelo chegue ao Brasil.

O MacMagazine também antecipou os preços do iPhone 8 e iPhone 8 Plus no Brasil. Confira a tabela:

Modelo iPhone 8 iPhone 8 Plus iPhone X
64 GB R$ 3.999 R$ 4.599 R$ 5.999
256 GB R$ 4.799 R$ 5.399 R$ 6.999
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