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O software é rudimentar, mas a tecnologia é de ponta. | Hee Jung Ryu e Florian Schroff/Reprodução
O software é rudimentar, mas a tecnologia é de ponta.| Foto: Hee Jung Ryu e Florian Schroff/Reprodução

Já teve a sensação de que alguém, atrás de você no metrô ou em qualquer outro lugar público, estava olhando para a tela do seu celular? Provavelmente sim. Pesquisadores do Google desenvolveram um software leve que recorre à aprendizagem de máquina para detectar e denunciar, em tempo real, esses bisbilhoteiros.

O trabalho, criado pelos pesquisadores Hee Jung Ryu e Florian Schroff, será apresentado semana que vem em uma conferência na Califórnia. Batizado de “Protetor de Tela Eletrônico”, ele se destaca por ser leve o suficiente para rodar localmente em um smartphone comum, em vez de ter que trocar dados com servidores potentes na nuvem.

O software leva apenas 2 milissegundos para detectar alguém que esteja encarando a tela do celular, 47 milissegundos para identificar cada rosto e, em média, 115 milissegundos para realizar todo o processo, o que é rápido o suficiente para dedurar o intruso antes que ele consiga ver qualquer coisa relevante. O procedimento consiste em identificar os rostos no campo de visão da câmera frontal e cruzá-los com uma lista de rostos previamente aprovados — no mínimo, deve constar nela a do dono do smartphone. Se um rosto que esteja encarando a tela não estiver na lista, a câmera frontal é ativada e denuncia o intruso com a mensagem “Alerta de estranho olhando!!!”

A apresentação do software é bastante rudimentar e a maneira como a imagem da câmera frontal se sobrepõe ao que o usuário esteja fazendo, um pesadelo de experiência de usuário. O importante aqui, porém, é o conceito por trás do software, que não está disponível publicamente.

De acordo com o MIT Technology Review, trata-se de um bom exemplo de uma tendência maior de inteligências artificiais rodando em dispositivos menores com rapidez e eficiência. Atualmente, um grande desafio das empresas é encolher o código e o poder computacional necessários para executar essas aplicações, barateando o custo de implementação e manutenção delas em dispositivos como smartphones, câmeras de segurança e caixas de som inteligentes.

Veja o vídeo do projeto dos pesquisadores do Google:

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