O presidente Michel Temer publicou na sexta-feira (19) decreto que autoriza a Nu Holdings, do Nubank, a virar uma financeira. Segundo o decreto, é do “interesse do governo brasileiro a participação estrangeira” de até 100% no capital da instituição financeira a ser criada pela Nu Holdings. Como financeira, o Nubank não vai precisar fazer parcerias com bancos no país para montar uma estrutura de captação de recursos e oferta de crédito.
A autorização do governo era necessária porque parte do capital do Nubank, empresa que emite cartões de crédito sem anuidade, pertence a fundos estrangeiros, que injetaram dinheiro para possibilitar a atuação da empresa.
Em sua quinta rodada de investimentos, em dezembro de 2016, o Nubank recebeu US$ 80 milhões (cerca de R$ 256,8 milhões). O investimento foi feita pela empresa DST Global, líder de fundos que faz aportes somente em empresas de internet. Desde 2014, o Nubank já recebeu cerca de R$ 600 milhões.
Além da DST, o Nubank tem entre os investidores o Sequoia Capital (empresa de private equity dos Estados Unidos), Kaszek Ventures (baseado na Argentina) e Tiger Global Management (fundo de investimento de Nova York), entre outros.
Em outubro do ano passado, o Nubank anunciou a criação de uma conta-pagamento, a NuConta, em que o dinheiro do cliente seria investido automaticamente em títulos públicos.
A diferença da conta-pagamento para a conta-corrente é que algumas transações não estão disponíveis, como pagamento de tributos (IPVA e IPTU) e o saque. Boletos e transferências agendadas devem ser liberados em breve, diz a empresa.
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