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A Aker Solutions, hoje instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), avalia dois terrenos na região metropolitana para construir sua nova fábrica, um em Campo Largo e outro em São José dos Pinhais. E os dois podem ter restrições de caráter ambiental.

Fabricante de equipamentos para exploração de petróleo, a multinacional norueguesa pretende investir R$ 280 milhões na nova unidade. Em 5 de março, protocolou pedidos de licença prévia para as duas áreas no Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A de São José dos Pinhais, que tem 168 mil metros quadrados e fica no bairro Audi, recebeu a licença 14 dias depois. O licenciamento do terreno de Campo Largo, perto da BR-277, com 172 mil metros quadrados, continua em análise.

Na última quarta-feira, o deputado Tadeu Veneri (PT) apontou supostas contradições nos licenciamentos e pediu esclarecimentos ao IAP e à Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

Veneri quer saber por que a Comec deu parecer contrário à área de Campo Largo – vizinha de empresas industriais como a Sig Combibloc e a Caterpillar – e se o IAP tinha conhecimento de um suposto crime ambiental na área de São José. Segundo duas denúncias feitas ao Ministério Público do Paraná (MP), uma terraplanagem feita em janeiro pela dona desse terreno teria eliminado a vegetação, uma nascente e um lago existentes no local.

À Gazeta do Povo, a Comec disse apenas que respondeu a uma "consulta prévia" referente à área de Campo Largo, e que o responsável pelo licenciamento é o IAP. O instituto, por sua vez, informou que, por estar em área de manancial, esse terreno exige avaliação mais detalhada. Em relação à área de São José, o IAP disse que autorizou, em junho de 2011, uma terraplanagem "sem interferência em áreas de preservação permanente tais como nascentes, rios e lagos", e que elas continuam preservadas.

O MP abriu investigação e em breve fará uma fiscalização na área, junto com a Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Pinhais. Procurada, a Aker Solutions não se pronunciou sobre o assunto.

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