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A Tetra Pak deverá definir dentro dos próximos três a quatro meses os detalhes da nova linha de produção de embalagens na unidade de Ponta Grossa (PR). O projeto, segundo o vice-presidente de Estratégia de Negócios da companhia, Eduardo Eisler, já foi aprovado e deverá estar concluído no primeiro semestre de 2013. A intenção de ampliar a capacidade de produção brasileira havia sido comunicada inicialmente pela fabricante de embalagens cartonadas em junho do ano passado.

O investimento na unidade paranaense ainda não está definido, pois a companhia suíça ainda analisa quais serão as linhas de produtos atendidas na expansão. A capacidade adicional também depende dessa definição, mas inicialmente a previsão é de que a ampliação seja de 6 bilhões de embalagens por ano. A projeção, caso venha a se confirmar, representará a duplicação da unidade de Ponta Grossa. Na segunda-feira, a concorrente SIG Combibloc inaugurou a primeira unidade no Brasil, com capacidade para produzir 1 bilhão de embalagens anuais, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba.

Além de Ponta Grossa, a Tetra Pak opera uma fábrica em Monte Mor (SP), com capacidade de aproximadamente 11 bilhões de embalagens por ano. Essa unidade também poderá passar por expansão futuramente caso a empresa encontre necessidade de ampliar a produção na região – além das duas fábricas no Brasil, a Tetra Pak opera uma unidade de embalagem na Argentina e outra na Vene­zuela.

O aumento de capacidade no Sul do país deve impulsionar diretamente as vendas de seus fornecedores locais, caso da petroquímica Braskem e, principalmente, da fabricante de papéis Klabin. Questio­na­­do se a Klabin seria a fornecedora de papel cartão para a nova linha de produção, Eisler destacou que a companhia é a parceria da Tetra Pak no Brasil. A Klabin opera no Paraná a maior fábrica de papel cartão da América Latina e já anunciou planos de ampliar a unidade.

Demanda

As projeções da Tetra Pak apontam para um crescimento consistente da demanda brasileira por embalagens cartonadas, também chamadas de longa vida. Segundo Eisler, o mercado de alimentos no qual essas embalagens são envasadas deve crescer entre 7,5% e 8% em 2011. No ano passado, a expansão em relação a 2009 foi próxima a 7%. "Nossa meta é crescer no mínimo 6% ao ano", afirmou o executivo. O faturamento brasileiro da Tetra Pak é de quase R$ 4 bilhões por ano.

Além do potencial de crescimento das embalagens em mercados tradicionais, como o de leite, que ainda tem amplo uso de envases plásticas, a Tetra Pak mantém otimismo em relação a outros segmentos, como o de alimentos sólidos. "Temos interesse muito grande nesse mercado, e para isso estamos investindo no desenvolvimento de novas tecnologias", afirmou o executivo.

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