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Como na semana passada, os funcionários públicos foram chamados a se manifestar durante a pausa de café, fora dos edifícios oficiais | REUTERS/Sergio Perez
Como na semana passada, os funcionários públicos foram chamados a se manifestar durante a pausa de café, fora dos edifícios oficiais| Foto: REUTERS/Sergio Perez

Centenas de funcionários públicos, entre os quais bombeiros, policiais e enfermeiros, marcharam nesta segunda-feira (16) de maneira espontânea em Madri, como na véspera, contra o drástico plano de austeridade do governo conservador espanhol, constatou a AFP.

"Mãos ao alto, isto é um assalto", gritavam os manifestantes, retomando um dos lemas emblemáticos das manifestações que se sucedem no país ao ritmo das medidas de austeridade e sacrifício que se impõem.

Como ocorreu na véspera, os manifestantes combinaram o protesto através das redes sociais e, sobretudo, através do twitter "#graciasfuncionarios".

"É intolerável. Os problemas do Estado espanhol não são provenientes dos funcionários públicos. Não temos culpa. Não é lógico. É muito injusto e vergonhoso", reclama Miguel Contreras, um enfermeiro de 28 anos proveniente da região de Castilla la Mancha, no centro da Espanha.

"Estas medidas vão arruinar a Europa. Não estamos consumindo, já não compramos. Temos que sair às ruas, não podemos ficar sentados", afirma, por sua vez, com o mesmo tom de indignação, Angeles Carrasco, uma funcionária de 57 anos que trabalha na prefeitura de Madri.

Os funcionários também foram chamados, como na semana passada, a se manifestar durante sua pausa de café fora dos edifícios, todos os dias até quarta-feira.

No domingo à noite, milhares de manifestantes, entre os quais havia muitos funcionários públicos, marcharam pelo centro de Madri.

Além da redução do salário dos funcionários, também protestam pelo aumento do IVA e pela queda das prestações dos novos inscritos no seguro-desemprego.

Os dois principais sindicatos, CCOO e UGT, convocaram a um dia nacional de mobilização para quinta-feira, contra o novo plano de austeridade anunciado na quarta-feira pelo presidente do governo, Mariano Rajoy, que busca economizar 65 bilhões de euros até 2014.

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