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São Paulo – A poupança teve seu melhor primeiro semestre desde 1994, ano de implantação do Plano Real. Há muito tempo, a modalidade não captava tanto dinheiro como nos primeiros seis meses de 2007. E as novas regras anunciadas pelo Banco Central para o cálculo do rendimento da poupança tendem a intensificar esse fluxo de recursos. Na primeira metade deste ano, a captação de recursos da poupança superou os resgates em R$ 8,77 bilhões. Desde 95, o melhor primeiro semestre havia sido em 97, quando R$ 4,28 bilhões líquidos haviam ido para a caderneta de poupança.

O que o BC anunciou na quinta-feira passada é que, quando as taxas de juros recuarem mais, a poupança será menos punida, o que pode aumentar ainda mais sua atratividade em relação a outros investimentos. A caderneta de poupança é remunerada pela Taxa Referencial (TR) mais cerca de 6,1% ao ano. É no cálculo dessa TR que o BC anunciou novidades. A TR representa uma parcela da TBF. Por sua vez, a TBF é calculada a partir das taxa média dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário). Até então, o governo não havia criado regras específicas para quando a TBF caísse abaixo de 11% – hoje a TBF está em torno de 11,2%.

Segundo cálculos do matemático José Dutra Vieira Sobrinho, se não houvesse as regras novas, quando a TBF fosse de 10%, a poupança daria um rendimento médio anual de 6,70%. Com as novas regras, para uma TBF de 10%, a poupança pagará uma taxa média de 6,80% anuais.Um outro exemplo: em um cenário de TBF a 9,25%, a poupança renderia 6,21% antes das novas regras; agora, o rendimento deve ser de 7,05%.

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