Rio O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem dados atualizados sobre o crescimento da economia brasileira em 2004 e 2005. Para 2004, o instituto apontou Produto Interno Bruto (PIB) de 5,7%, índice inalterado em relação à última divulgação. Em 2005, no entanto, o PIB agora é de 3,2%, a R$ 2,1 trilhões, maior que os 2,9% anunciados em março deste ano.
Pela ótica da renda, a expansão da economia em 2005 cresceu 3% no número de vagas no mercado de trabalho, totalizando 90,9 milhões de ocupações. Ainda de acordo com o IBGE, os serviços ganharam peso no PIB de 2005, passando de 63% para 65%, com variações em volume e em preço acima do total da economia.
A indústria teve crescimento de 2,1% em 2005, mas perdeu 0,8 ponto porcentual na participação no total do valor adicionado. Destacaram-se a produção de minério de ferro, com alta de 12,5%, e a produção de petróleo e gás natural, com elevação de 11,7%.
A construção civil cresceu, em 2005, 1,8%, mantendo trajetória ascendente iniciada em 2004. A indústria de transformação teve expansão de 1,2% em 2005, depois de apresentar crescimento 8,5% no ano anterior. Contribuíram para essa queda a fabricação de resinas, que caiu 13,2% e aço e derivados, que recuou 3,3%.
As informações fazem parte dos resultados do Sistema de Contas Nacionais dos Anos de 2004 e 2005, segundo a nova série do IBGE.
Em 2005, cerca de R$ 180 bilhões, ou 8,4% do PIB brasileiro daquele ano (R$ 2,147 trilhões), foram gerados pela economia informal, segundo mostra o detalhamento dos resultados da economia do país no ano de 2005. A pesquisa mostra também que 58,8% das ocupações no país eram informais naquele ano. No caso do valor do PIB de 2005 sem os impostos (R$ 1,842 trilhão), a economia informal representa 10%.
Segundo disse o coordenador de contas nacionais, Roberto Olinto, outros países da América Latina, como Colômbia e Bolívia, que também têm preocupação com a contabilidade da economia informal, apresentam uma informalidade, em relação ao PIB, similar à brasileira. Em economias mais desenvolvidas, segundo ele, o nível de informalidade é muito baixo, ou em alguns casos não é contabilizado porque não é considerado como relevante. "Esse número (8,4%) acaba com o delírio de muitas afirmações de que a informalidade no PIB é de 30% a 40%", disse.
O gerente de renda e emprego do instituto, João Halak, disse que a informalidade é maior nos segmentos de comércio, construção, alojamento e alimentação. Olinto acrescentou que a participação de ocupações informais no total de ocupações no mercado de trabalho é muito superior ao porcentual da economia informal porque a produtividade dos segmentos informais é muito baixa, ou seja, são usados muito trabalhadores para gerar pouca renda. Além disso, muitos trabalhadores informais estão em empresas registradas formalmente.
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