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Usuários no evento de lançamento do Explorer 9: navegador tem uma “sintonia” inédita com o Windows e apropria-se de de soluções que deram certo no Chome e no Mozilla | Divulgação/Microsoft
Usuários no evento de lançamento do Explorer 9: navegador tem uma “sintonia” inédita com o Windows e apropria-se de de soluções que deram certo no Chome e no Mozilla| Foto: Divulgação/Microsoft

Antivírus terá linha para empresas

A Microsoft lançou o programa antivírus Security Essen­tials há pouco mais de um ano, numa operação que tinha co­­mo objetivo principal atingir os países em desenvolvimento. Boa parte da iniciativa partiu do Brasil: a ideia, aqui, era dar aos suários um benefício adicional para que aceitassem melhor a ideia de pagar por software. Ou seja, era uma estratégia antipirataria: quem tem uma cópia genuína do Win­dows tem condições de baixar o Essentials de graça.

O programa foi lançado em 74 países e, segundo a própria empresa, foi bem sucedido. Até meados de agosto, 3,9 milhões de downloads haviam sido realizados. Um porém: ele estava disponível apenas para usuários pessoa física. Na semana passada, Microsoft anunciou nos Estados Unidos uma versão do programa para pequenas empresas, que poderá ser instalada em até 10 máquinas.

O Security Essentials para empresas estará disponível para a partir de outubro. No­­vamente, o foco é em mercados emergentes. "Os modelos de subscrição de pagamento online tradicionais não funcionam em mercados emergentes, onde pequenas empresas não conseguem crédito fácil disponível", observou Eric Foster, ge­­rente de estratégias de negócios da empresa, em um post no blog da Microsoft.

Foster escreveu ainda que é comum que usuários (tanto pes­­soas físicas quanto empresas) pensem estar protegidos com versões de teste, e só se des­­cobrem vulneráveis depois de terem sido infectados por algum malware. "Queremos que todo o ecossistema Win­does esteja seguro", diz Jeff Smith, diretor de Marketing para o Microsoft Security Es­­sentials. "Quando tornamos o programa disponível de maneira tão ampla, todo mundo ga­­nha. E achamos que os pequenos empresários ficarão felizes com o produto."

A falta de proteção das empresas de pequeno porte contra os códigos maliciosos disponíveis na internet é um dos maio­­res problemas de segurança no mundo atualmente. Uma pesquisa feita no ano passado pela desenvolvedora Symantec mostrou que apenas um terço das empresas pequenas e médias contam com algum tipo de software de segurança. Entre os usuários domésticos, o índice de proteção sobe a 80%. A maior parte do parque instalado em todo o mundo é de programas como Avast! Ou AVG, que têm versões gratuitas simplificadas.

Da Redação

  • Site Wall Street Journal, já adaptado ao Internet Explorer 9

A Microsoft ainda não definiu data para o lançamento de uma versão definitiva do Internet Explorer 9, seu navegador web. Ele saiu, em versão beta (para testes), há dez dias, e recebeu críticas bastante positivas. Embora ainda com as falhas que costumam caracterizar um software beta, o novo Explorer tem muitas qualidades – aproveita melhor o espaço da tela e explora bem o HTML 5, por exemplo. A velha guerra dos browsers está de volta.

Nos últimos anos, o Explorer perdeu espaço para Chrome e Firefox. O browser da Microsoft continua sendo o mais usado no planeta, mas sua liderança não é mais tão folgada. Os números variam de uma fonte para outra, mas todas elas apontam-no como tendo perto de 50% da preferência dos usuários. Segundo a empresa de análises NetApplications, o Explorer responde hoje por 60% do movimento na rede. No quarto trimestre de 2004, ele detinha 91,3%.

Essa queda foi provocada, principalmente, pelo surgimento de concorrentes fortes. O primeiro deles foi o Firefox, desenvolvido pela Fundação Mozilla, que segue o conceito de software livre e gratuito. Com o crescimento da internet móvel e a popularização das plataforma da Apple, o Safari cresceu, atingindo hoje 4,8% dos usuários. E o Chrome, do Google, surgiu em 2008 e já tem 7% dos usuários.

Esse ambiente fez com que a Microsoft se mexesse. E, compreensivelmente, o novo Ex­­plorer tem muito dos rivais. É o caso, por exemplo, da barra de endereços. Ela incorpora o estilo do Chrome, que reúne em uma só barra a função de endereços e de busca. O mecanismo de busca a ser usado é, por pa­­drão, o Bing – obviamente –, mas é possível alterar para usar o onipresente Google. Para quem não conhece o Chrome, a fórmula é simples: basta digitar as palavras-chave na mesma linha usada para marcar os endereços, e a busca é feita rapidamente.

Garotos-propaganda

Outra funcionalidade que parece ser "inspirada" em outros navegadores é a amostra dos sites mais visitados pelo usuário a cada vez que você abre uma nova janela. Essa função surgiu primeiro no Opera (browser criado por uma empresa norueguesa, que está entre os prediletos da comunidade geek, mas que nunca emplacou entre os usuários convencionais) e está presente também no Chrome.

O que o Explorer não tem – pelo menos ainda – é a capacidade de ser mudado dos pés à cabeça pelo usuário. As extensões, tão apreciadas pelos usuários do Firefox, não estão presentes aqui (e também não poderia ser muito diferente, já que o programa ainda está em teste).

Várias grandes empresas trabalharam em conjunto com a Microsoft e revelaram nos últimos dias sites compatíveis com o novo navegador, usando re­­cursos de HTML5, a versão mais recente do protocolo presente em toda a rede, que facilita o uso de recursos multimídia. É o caso dos jornais Wall Street Journal e USA Today, da Red Bull e até mesmo de bandas como The Killers e Gorillaz. Todos eles se tornaram garotos-propaganda da Microsoft, com direito a destaque na apresentação oficial do programa.

Inimigos do XP

Um dos pontos altos do programa é a sua integração com o Windows 7. O usuário pode, por exemplo, arrastar o endereço de um site para a barra de tarefas do Windows. Um link fica na barra, como uma "filial" do próprio navegador, e funções do próprio site podem ser ativadas por meio de um ou dois cliques na barra.

Se há um grupo, entretanto, para o qual o Explorer 9 é uma má notícia, este grupo é o dos usuários do Windows XP. A nova versão do navegador foi construída para rodar apenas no Vista e no Windows 7, versões mais recentes do sistema operacional da Microsoft. Isso é natural, já que a empresa deixou de dar suporte ao XP. O problema é que, ao menos no Brasil, ainda há um grande número de usuários fiéis ao XP – seja por usarem máquinas mais antigas, nas quais sistemas mais novos não funcionam adequadamente, ou por usarem netbooks com mais de um ano de idade, que chegaram ao mercado equipados com esse sistema, mais ma­­grinho que o Vista.

Para quem ainda usa o XP, restam três opções: ficar com o Internet Explorer 8, navegar com outro browser ou trocar a máquina por uma mais atualizada.

Serviço:

O programa pode ser baixado pelo site www.internetexplorer9.com.br. Como se trata de uma versão beta, a instalação pode trazer algum risco para o sistema dos usuários.

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