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Após 16 anos no disputado mercado de livros didáticos, com ênfase no fornecimento para a rede pública, a curitibana Base Editorial já tem tudo pronto para entrar na disputa pelo material didático das escolas particulares, um mercado que envolve cerca de 37 mil estabelecimentos e 10 milhões de estudantes. Para isso, a editora, que tem hoje entre 400 e 500 títulos, imprimindo 3 milhões de exemplares por ano, elaborou um novo catálogo que já está sendo enviado a escolas do país inteiro. O diretor-geral da Base, Renato Adur (foto), falou ao editor Marcio Antonio Campos sobre as perspectivas da editora para 2012.

Por que só agora a Base resolveu fornecer material para a rede particular de ensino?

Nós já tínhamos a rede de ensino e o trabalho com a rede pública, participando desde 1997 de todas as versões do Programa Nacional do Livro Didático. Mas, para a rede particular de ensino, era preciso ter linhas completas, com volumes de todas as disciplinas, para todas as séries. Além disso, ao contrário da rede pública, onde o padrão são livros não consumíveis (que podem ser reaproveitados por outros estudantes no ano seguinte), a rede particular usa muitos volumes consumíveis, em que o aluno escreve no próprio livro. Investimos R$ 3 milhões para poder fornecer o material já a partir do ano letivo de 2012.

Que impacto a entrada no mercado de livros para escolas particulares deve ter nos números da Base?

Hoje, 45% do nosso faturamento vem do que chamamos de "rede particular" – não as escolas, mas livrarias e estabelecimentos similares. Com a produção de material específico para os colégios privados, queremos que essa porcentagem suba para 55% até o fim de 2012, e que nesse período nosso faturamento aumente 25%, contra a média de 10% ao ano que estamos registrando ultimamente. Nosso objetivo é reduzir gradativamente a dependência do governo, até para não ficarmos suscetíveis a eventuais mudanças de política educacional.

Como a ascensão dos e-readers e tablets afeta o mercado de livros didáticos?

Esse processo serve de alerta para nós, porque esses aparelhos vieram para ficar. Mas a dinâmica do livro didático é um pouco diferente e acho que ela exige o formato impresso, pela interação que o estudante tem com o livro, ou também pelo projeto gráfico, em que cada ícone, cada cor, comunica algo específico. Faz parte do aprendizado. Então, acho que o livro didático impresso vai permanecer sempre. No entanto, o material de apoio, mais cedo ou mais tarde, vai migrar para tablets e e-readers, ou ser oferecido nos dois formatos. Já temos alguns projetos nesse sentido, por exemplo com a nossa coleção de clássicos, e vamos levá-los para a Feira de Frankfurt.

Que oportunidades de negócios no exterior a reforma ortográfica trouxe para a editora?

Fizemos um grande investimento para adaptar todos os nossos títulos para a grafia unificada, mas infelizmente Portugal vem atrasando a sua adoção. Já temos projetos e contatos nos países africanos de língua portuguesa, especialmente Angola e Moçambique, com ênfase no material para alfabetização de adultos. Espero que em breve comecemos a enviar nossos livros para lá.

Subsea 7

A direção da Câmara Municipal de Pontal do Paraná planeja fazer na sessão de terça-feira um manifesto em favor da instalação da Subsea 7 na cidade. Mes­­mo que sem anuência de 100% dos vereadores, a Casa pretende chamar a população que apoia a vinda da empresa para uma campanha de sensibilização dos órgãos ambientais e do Ministério Público Federal.

O investimento de R$ 100 milhões – que está ameaçado por um imbróglio jurídico-ambiental, como a Gazeta do Povo mostrou em duas reportagens na semana passada – é visto como o marco inicial de um polo ligado à exploração do pré-sal no Paraná. Faria parte desse polo a italiana Techint, que já anunciou operações para fornecer equipamentos à Petrobras.

Mobilizando

O empresário Rainer Zielasko, presidente da Faciap, a federação que reúne as associações comerciais do Paraná, percorre o estado divulgando a convenção anual que lidera em Foz do Iguaçu, no mês de novembro. Zielasko também dirige a Fiasul e nesta semana estará em Curitiba para falar sobre associativismo e micro e pequenas empresas.

Cypress

Marcelo Coppla e Lauro Martins são os sócios locais da Cypress, assessoria paulista de finanças corporativas, especializada em fusões e aquisições, mercado de capitais e abertura de capital. A filial vai atender os três estados da Região Sul.

Pequenas que crescem

O Paraná está em terceiro lugar no ranking das 250 pequenas e médias empresas que mais crescem no Brasil. Perde para São Paulo e Minas Gerais. Das 22 empresas listadas, a curitibana Akiyama – especializada em automação industrial e outras soluções tecnológicas – garantiu a quarta posição geral. A pesquisa é feita pela consultoria Deloitte, em parceria com a revista Exame PME, da Editora Abril.

O estudo mostra a visão e as práticas das empresas que mais expandiram seus negócios nos últimos três anos. Na lista da Região Sul, o Paraná tem seis entre as dez empresas que mais se desenvolveram.

Gestão

A semana será movimentada pelos debates e palestras da 11ª Feira de Gestão da FAE, de terça a quinta-feira. A programação gira em torno de algmas das metas do programa Desafios do Milênio – saúde, habitação, mobilidade, inclusão e energia –, estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). A feira também vai apresentar e premiar os melhores trabalhos acadêmicos sobre os desafios propostos. Detalhes no site www.fae.edu/feira.

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