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O número de desempregados na Espanha aumentou em 295.300 no quarto trimestre de 2011, até chegar aos 5.273.600, superando pela primeira vez a barreira dos cinco milhões, de acordo com dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (27).

O índice de desemprego ficou em 22,8% no final do ano, o maior desde o primeiro trimestre de 1995, quando atingiu 23,49% segundo a enquete de população ativa (EPA), divulgada nesta sexta pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O ministro da Fazenda e Administrações Públicas espanhol, Cristóbal Montoro, divulgou na quinta-feira que o número de desempregados era de 5,4 milhões. As estatísticas, porém, apontam para 100 mil pessoas a menos.

A população inativa aumentou em 577 mil em 2011, ao mesmo tempo em que as demissões cresceram 12,29%, e 600.600 postos de trabalho foram extintos, representando uma queda de 3,26% da parcela ocupada do país.

Só no quarto trimestre, 348.700 pessoas ficaram desempregadas e no final de 2011 este número subiu para 17.807.500, enquanto o índice de atividade retrocedeu 59,94%.

O número de famílias em que todos os seus membros estão sem trabalho chegou a 1.575.000 no quarto trimestre, 149.800 a mais que no trimestre anterior, e o número de lares em que todos seus integrantes estão ocupados caiu em 212.300, até os 8.846.100.

Entre os estrangeiros, foram 71.500 desempregados em 2011, chegando a um total de 1.225.800 e atingindo um índice de 34,82%.

O setor de serviços perdeu 124.500 trabalhadores no último trimestre, totalizando 1,6 milhões desempregados.

Na indústria foram 29.100 empregos a menos, chegando aos 246.800 desocupados, enquanto este número diminuiu em 42.300 na agricultura, até os 209.600 inativos, e em 2.900 na construção, até somar 452.700.

O novo Governo conservador espanhol, que assumiu em dezembro de 2011, pretende aprovar uma reforma trabalhista para dinamizar o mercado de trabalho no país, que, segundo organismos internacionais e organizações empresariais, é rígido demais.

Esta seria a segunda reforma do mercado de trabalho em apenas um ano e meio, pois o Governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero aprovou a primeira em junho de 2010, o que causou uma greve geral.

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