Brasília A criação de novas vagas de trabalho com carteira assinada poderá ficar abaixo do nível do ano passado, segundo admitiu ontem o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. "O ano passado tem números concretos. Esse ano são previsões. No ano passado foram criadas 1,253 milhão de vagas. Este ano nós acreditamos que ficaremos em torno disso. Podemos ficar um pouco para cima um pouco para baixo."
Antes, a previsão era de que as vagas formais do mercado de trabalho superassem o desempenho do ano passado. Um dos motivos que contribuem para essa revisão é o fato de no acumulado dos oito primeiros meses do ano foram criados 1,207 milhão de empregos com carteira assinada, similar ao ocorrido no mesmo período de 2005 (1,219 milhão) de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Para o ministro, o importante é destacar que o emprego está crescendo no país. Ele lembrou que desde o início do governo Lula foram criados 4,62 milhões de postos formais.
Em agosto, foram criados 128.915 novas vagas no mercado de trabalho formal. O saldo entre os desligamentos e as admissões em agosto, no entanto, ficou menor que o registrado no mesmo mês do ano passado (135.460).
O destaque do mês ficou por conta das indústrias de alimentos (15.553), têxtil (3.489), química (3.253) e do setor de calçados (2.726). Foram registradas demissões acima das admissões na indústria da borracha, fumo e couros. "Eu espero um setembro melhor que agosto. a produção está se preparando para o final do ano, por exemplo", espera o ministro. Marinho acrescentou ainda que a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas empresas irá contribuir para o processo de formalização dos empregos.
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