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Notas de dólar | Pixabay
Notas de dólar| Foto: Pixabay

O dólar caiu 1,46% ante o real – fechando a R$ 3,7579 - em um dia de descolamento do cenário externo, ainda alimentado pelo otimismo com o início do novo governo. Outro fator que impulsiona a valorização da moeda brasileira frente à americana, segundo o Valor, é o fim da temporada de remessas para o exterior. Isso faz com que real tenha uma boa performance.

Segundo o Estadão Conteudo, o mercado ajusta ainda posições após a forte alta da divisa americana frente ao real em dezembro, impulsionada pela saída sazonal, mas significativa, de remessas ao exterior, o que aumenta a procura por dólares no país. 

O mercado também responde ainda aos eventos de quarta, sobretudo o discurso liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, o apoio do PSL à candidatura de Maia e a sinalização de que a privatização da Eletrobras será continuada pelo novo governo. 

A queda do dólar frente ao real nesta quinta foi impulsionada ainda por uma perda de fôlego da moeda americana globalmente. Dados piores que o esperado do índice de atividade industrial dos Estados Unidos (ISM, na sigla em inglês) reforçam a perspectiva de desaceleração global e colocam mais incertezas em relação à economia americana e o consequente impacto na política monetária daquele país. 

Bolsa na contramão do mundo

O tombo de quase 10% no preço das ações da Apple, reflexo na previsão de receita menor que a esperada até então, arrastou os mercados mundiais para um novo dia de perdas expressivas nesta quinta-feira (3). 

No Brasil, porém, o otimismo com o início do governo Bolsonaro deu força para a Bolsa fechar no positivo, renovando a máxima histórica atingida na véspera

O Ibovespa, principal índice acionário do país, ganhou 0,61% e fechou o dia a 91.564 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,194 bilhões, acima da média diária do último ano. 

O dia foi de forte oscilação de preços, e o mercado chegou a passar boa parte do pregão no negativo, contagiado pelo exterior. A guinada para o azul ocorreu ao final da sessão. 

No noticiário doméstico, o destaque foi a afirmação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que a proposta de reforma da Previdência será apresentada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) até a próxima segunda (7). 

A reforma da Previdência é vista como crucial pelo mercado financeiro para o reequilíbrio das contas públicas e, desde a eleição de Bolsonaro, investidores alimentavam expectativa de que ela fosse apresentada logo no começo do mandato, para sinalizar compromisso com o tema. 

Apple segura maior expansão 

No entanto, o ganho no mercado local foi contido pelo exterior turbulento. As ações da Apple tombaram nesta quinta após a companhia estimar receita menor no primeiro trimestre fiscal de 2019, encerrado em dezembro. A empresa divulga resultados no final do mês. 

Em uma carta a investidores, Tim Cook, presidente da empresa, listou quatro motivos para o corte na projeção, o principal deles a redução das vendas no mercado chinês. 

A revisão de estimativas da Apple, que em agosto chegou a valer US$ 1 trilhão (R$ 3,75 trilhões), materializa o temor de investidores de uma desaceleração da economia global. 

As Bolsas americanas recuavam mais de 2% próximo do fim do pregão. 

Jefferson Laatus, operador do mercado e sócio do Grupo Laatus, que forma profissionais, diz que a sinalização o acordo do PSL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, para apoiar Rodrigo Maia (DEM-RJ) à reeleição na Câmara, sustenta o otimismo no mercado local.

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