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A estudante Emili, com o seu netbook: recheado de músicas e vídeos para animar os churrascos da turma | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
A estudante Emili, com o seu netbook: recheado de músicas e vídeos para animar os churrascos da turma| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Mobo, da Positivo, disputa o mercado

O Brasil não ficou atrás na produção dos subnotebooks. A Positivo Informática lançou em meados deste ano o Mobo, que é montado em Curitiba, e ampliou no mês passado a linha com novos modelos. O último a chegar foi o modelo Kids (ao lado), que vem com capa de couro colorida, teclado resistente a líquidos, memória RAM de 512 MB e 2 GB de memória flash.

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O plano original era oferecer um pequeno computador a cada criança a um preço muito baixo promovendo a inclusão digital em larga escala. Mas, entre o anúncio da proposta feita pela OLPC – organização sem fim lucrativos voltada para a produção do PC que custaria US$100 – e a chegada no mercado, a idéia foi absorvida pelas grandes empresas de informática que lançaram os subnootebooks (também conhecidos como minilaptops ou "netbooks"). Acertaram em cheio: no pouco tempo que ele está nas prateleiras já virou o PC queridinho de muita gente, que cabe na bolsa e é perfeito para viagens, aulas na faculdade, ou entretenimento na internet em qualquer lugar que possua rede wireless.Tudo isso a um preço que gira em torno de R$ 1 mil, mas pode ser encontrado na internet por menos. "Todo mundo quer ter um, o subnotebook despertou o interesse de todos", conta o analista de sistemas Geoff Martin, dono de um Eee PC, da taiuanesa Asus.

Do tamanho de uma agenda de papel e com quase o mesmo peso, os subnotebooks são discretos, ponto muito positivo para quem precisa levar um PC do escritório para casa, ou para a faculdade e sofria do pavor de ser assaltado na rua. "É o PC que você pode levar com a carteira. Eu levo para viagens e para qualquer lugar que eu for. Carrego minha dissertação de mestrado além dos documentos do trabalho nele. Sempre que tenho um tempinho vou para um canto e escrevo", explica Geoff.

As belezinhas (a única forma de chamá-las é mesmo no diminutivo) são excelentes como segundo computador, já que a maioria não tem drives de CD ou um processador potente. Os modelos mais baratos também não tem disco rígido. Em seu lugar, elas vêm com memória flash, semelhante àquelas usadas em câmeras digitais. A falta de drives é compensada por duas ou três saídas USB, o que garante a compatibilidade com qualquer periférico que se utilize dessa porta – como pendrives, por exemplo, ou HDs removíveis. As portas extras também permitem que sejam conectados teclado, mouse e monitor, para usar como um PC de mesa. Outra vantagem reconhecida pelos usuários como atraente é a autonomia: as baterias chegam a durar até quatro horas sem necessidade de ligar na tomada.

E o que era para educação de crianças acabou invadindo a sala de aula das universidades e caindo nas mãos dos jovens. É o caso da acadêmica de farmácia Emili Américo Salvador. Ela ganhou em julho um Eee, e desde então carrega ele para todos os lados. "Levo ele sempre na minha bolsa", conta. Mas o uso que Emili faz do seu minilaptop vai além dos estudos. Ela aproveita a máquina para ouvir músicas e assistir vídeos sozinha ou com a galera. "Coloquei muitas músicas e vídeos nele, daí levo para animar os churrascos da faculdade", conta.

Geralmente os subnotebooks vêm com o sistema operacional Linux, que para Emili foi um problema no início – superado apenas com a instalação do Windows XP. "No começo senti um pouco de dificuldades com o teclado pequeno, e por causa do Linux. Mas agora já estou totalmente adaptada", conta. Os modelos mais atuais oferecem opções que possuem o sistema Windows XP preinstalado. Para Geoff, o teclado pequeno do subnotebook não foi um problema, pelo contrário – é uma solução, que substituiu o uso do smartphone. "A funcionalidade dos antigos palmtops foi dividida entre o celular e o subnotebook. Apesar de existirem celulares que fazem tudo que o minilaptop faz, passa a ser uma questão de conforto, uma vez que a digitação no teclado de um celular é complicada e desconfortável", observa. Além do mais, no mini não tem o problema de incompatibilidade de arquivos que acontece no celular. "Vale muito a pena ter um", elogia.

É claro que, percebendo a ótima recepção no mercado, os fabricantes estão melhorando as configurações e tem gente esperando os novos lançamentos para finalmente adquirir o seu minilaptop. Como Cláudio Santos, que aguarda a chegada nas lojas do modelo Freedom, esperada para agosto. O pequenino, distribuído pela empresa mineira Mirax, promete tela de 10 polegadas e um HD de 80 GB, com um coração Intel – o chip Atom, projetado especialmente para esse tipo de equipamento. Em agosto, a Mirax divulgou que pretendia colocá-lo no mercado a R$ 999,00 – preço de concorrentes bem menos turbinados. Só que esse objetivo pode ter sido derrubado pela alta que o dólar registrou nas últimas semanas. "Ainda não comprei um minilaptop por causa do tamanho do HD, mas gostei desse modelo que está chegando. Assim que eu vir um em uma loja vou comprar. É isso que eu quero", conta Santos.

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