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Gustavo Pasqual (à esq) e Marcos Zanatti, da Fortiideias: busca por mais rentabilidade | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Gustavo Pasqual (à esq) e Marcos Zanatti, da Fortiideias: busca por mais rentabilidade| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Mais difícil que criar aquela campanha genial, é administrar uma agência de publicidade, principalmente para os pequenos empresários, que muitas vezes não contam com uma equipe preparada para isso. O desafio das agências tem sido aumentar o lucro, diz Rodrigo Rodrigues, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná, o Sinapro, que promoveu nessa quarta-feira, em Curitiba, a edição regional do Seminário de Comunicação.

Ele trouxe para os publicitários a ideia de que quanto mais importante a agência for para o cliente, mais ele vai pagar pelos serviços prestados. O desafio, aponta, é como mostrar isso para o anunciante. Segundo Rodrigues, a agência precisa definir o que a diferencia da segunda melhor opção do mercado. Além disso, completa, deve identificar cinco motivos pelos quais o seu trabalho é mais caro do que o do seu principal concorrente. "É preciso provar com números, dados e pesquisas", afirma.

Como ser rentável é uma das principais dúvidas que tem Gustavo Pasqual, sócio da Fortiideias Propaganda, de Curitiba. A agência está no mercado há oito anos e hoje tem 13 clientes no Paraná e em Santa Catarina. Ele diz que uma das maiores preocupações na área administrativa é com a gestão da folha de pagamentos. "Precisamos de bons profissionais, isso é caro, e é difícil repassar esse custo para o cliente", afirma. A Fortiideias tem nove funcionários.

Outro problema enfrentado pela agência, aponta Pasqual, é a frequência com que o valor orçado para um trabalho não corresponde com o que é gasto efetivamente no momento da execução. Isso acontece porque o cálculo é feito com base em horas trabalhadas, que são projetadas. Mas na prática a ideia pode surgir em algumas horas ou se estender por dias, por mais tempo que o previsto. "Dimensionar é muito difícil", diz Pasqual.

Mitos

Estabelecer preço com base na relação hora/homem é justamente um dos mitos que atrapalham a negociação das agências com os clientes, diz Rodrigues. Ele elencou, na sua apresentação, alguns desses mitos. Ainda dentro dessa questão da remuneração, trabalhar com o fee (remuneração mensal fixa) aberto é outro problema. Se não fica especificado o que exatamente a agência vai fazer, a tendência é que o cliente vá adicionando outros trabalhos pelo mesmo preço.

Rodrigues diz, ainda, que pequenas mudanças no preço são importantes e que 2% de aumento significa um lucro 20% maior. De acordo com ele, não é necessário mexer na tabela para fazer essa mudança. Basta reduzir custos e deixar de arredondar para baixo o valor dos serviços prestados.

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