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Em breve, os amantes do cinema poderão assistir a seus filmes preferidos em formato digital em todo o Brasil. Seguindo a tendência mundial, puxada pela indústria cinematográfica norte-americana, as empresas do segmento já começaram a investir em complexos equipados com sistema de projeção digital. A previsão é que em três anos, de acordo com o sócio-diretor da paranaense Rede Cinesystem, Eduardo Vaz (foto), as grandes redes adotem o novo sistema e aposentem as películas. A marca iniciou o seu processo de digitalização com a reinauguração de duas salas em Paranaguá, no litoral do estado, no começo do ano. Vaz disse ao repórter Carlos Guimarães Filho que o conjunto é considerado o primeiro multiplex integralmente digital do país.

Como está o processo de digitalização no Brasil?

Os mercados caminham em paralelo. Claro que os grupos americanos têm maior porcentual de salas digitais. O produto é nacional e, consequentemente, o custo é menor. Mas é uma tendência que veio para ficar e os benefícios no médio prazo compensam o investimento. Aqui, quem optar por dividir os investimentos em digital e película vai estar gastando dinheiro, pois talvez tenha de aposentar os projetores.

Que benefícios a mudança traz ao público?

O público vai ganhar com a qualidade de projeção. O resultado do produto é melhor, pois não tem falhas no áudio nem riscos, como pode ocorrer na película.

E para as empresas, o que muda?

Para as redes, os ganhos são operacionais. Caem os custos de distribuição, pois o valor da cópia em película ainda é alto. O processo também facilita a oferta de cópias. Dessa forma, mercados menores terão todos os lançamentos mundiais simultaneamente aos maiores, que antes eram privilegiados em razão da quantidade limitada de cópias em película. Todos têm interesse em acabar com a película.

Que investimentos estão nos planos da Rede Cinesystem?

Estamos, entre outras, em negociações avançadas com uma cidade do interior de São Paulo, outra do interior do Rio Grande do Sul e com um novo empreendimento em Curitiba [Vaz garante que não é o shopping Pátio Batel].

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Enxaqueca

As três dores de cabeça dos empresários e executivos da indústria automotiva paranaense estão ligadas à escassez de mão de obra qualificada, às deficiências na infraestrutura logística do estado e à legislação trabalhista, que representa altos encargos sobre a folha de pagamento. Os problemas não são novos e há pelo menos dois anos vêm sendo abordados em um grupo de discussão dentro da Federação das Indústrias, a Fiep. Alguns resultados já aparecem. Por meio do Senai, as empresas vêm qualificando técnicos e engenheiros em cursos de especialização sob medida.

O gargalo é mais complicado no que diz respeito ao "Custo Paraná", decorrente da falta de investimento em portos e aeroportos do estado. Há estudos apontando que um produto feito em Curitiba é até 30% menos competitivo que o mesmo produto fabricado na Europa. Em relação à China, a distância chega a 40%.

A indústria automotiva responde por 36.666 empregos e por 14,8% do PIB industrial do Paraná, o que equivale a R$ 7,7 bilhões por ano.

Diagnóstico positivo

O mercado de análises clínicas, que vive há alguns anos movimentada fase de expansão e consolidação, ganhou uma nova marca: a "a+ Medicina Diagnóstica", que pertence ao grupo paulista Fleury e nasce com 94 unidades em seis estados – três delas em Curitiba e uma em São José dos Pinhais. Depois de fazer 27 aquisições desde 2002, o Fleury estava administrando 16 bandeiras diferentes em todo o país, portfólio que agora foi reduzido para quatro, das quais a a+ é a mais abrangente.

O grupo está no Paraná há quatro anos, quando comprou os laboratórios Champagnat, GR e Hormocentro. Os planos da a+ para o estado são de abrir até quatro unidades nos próximos 12 meses, todas em Curitiba, e entre 2012 e 2014 inaugurar até seis laboratórios nas principais cidades do interior.

Persianas para todos

A classe C, também chamada de a "nova classe média" brasileira, entrou de vez no radar da indústria da decoração. A marca de cortinas e persianas Columbia – pertencente ao grupo global HunterDouglas – investiu em máquinas e equipamentos e desenvolveu uma linha de produtos para atender aos desejos dos consumidores dessa faixa de renda. No Brasil, a empresa tem seis montadoras, nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Ceará.

Inglês e futebol

A rede de ensino de línguas Fisk fechou contrato de patrocínio de R$ 10 milhões com o Corinthians. A partir de hoje, a equipe paulista passa a estampar em suas camisetas a logo da empresa, que deve instalar um centro de idiomas dentro do centro de treinamento do clube, em São Paulo. A Fisk, criada nos anos 50 no Brasil por um norte-americano naturalizado brasileiro, agora também oferece cursos de informática e Língua Portuguesa.

Matte é só da Leão

Uma decisão judicial proibiu a empresa Águas Minerais Pietra Santa de usar em rótulos cores e grafia semelhantes aos da marca Matte Leão, da paranaense Leão Júnior, que pertence ao grupo Coca-Cola. A proibição se estende ao uso da palavra mate com dois "tês". A concorrente foi condenada por contrafação – quando há produção comercial de produto sem autorização do proprietário intelectual.

Tang reciclado

O refresco Tang, fabricado em Curitiba pela Kraft Foods, alcançou uma marca história com seu programa de reciclagem. A empresa informa que, em um ano, 1.870 grupos coletaram mais de 1 milhão de embalagens. O projeto é uma parceria com a empresa TerraCycle e envolve a produção de quase 50 itens ecologicamente corretos, entre eles bolas, bolsas, mochilas e estojos. A meta para este ano é chegar a 3 milhões de embalagens recicladas.

As duas empresas desenvolveram também uma técnica para fazer madeira plástica com os pacotinhos de Tang. O material poderá ser usado na construção civil.

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