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Vídeo no You Tube: problemas legais e dificuldade em atrair anunciantes | Reprodução / YouTube
Vídeo no You Tube: problemas legais e dificuldade em atrair anunciantes| Foto: Reprodução / YouTube

Londres - O YouTube dá mesmo dinheiro?

O júri ainda não chegou a um veredito – mas o mais provável é que não. O site de compartilhamento de vídeo é tão fenomenalmente popular que tem sido apontado como o segundo maior mecanismo de busca do mundo, mas é difícil encontrar informações que decifrem se os lucros estão mesmo entrando. Sua "companhia-mãe", o Google, precisa divulgar certos detalhes financeiros – afinal, é uma companhia com ações vendidas em bolsa –, mas mantém segredo sobre os números produzidos pelas suas unidades individuais de negócios.

É aí que entra Spencer Wang, analista do banco Credit Suisse. Pelas estimativas de Wang, o site de vídeo deve dar este ano um prejuízo de US$ 470 milhões – uma quantia incrível para uma área que foi adquirida pelo Google por US$ 1,65 bilhão há apenas dois anos e meio.

Onde mora o problema? Para Wang, trata-se de uma incapacidade de vender publicidade em 97% das páginas que poderiam ter anúncios, aliada a um enorme número de usuários assistindo a uma vasta quantidade de vídeos – uma demanda muito cara de ser servida.

Mesmo com US$ 16 bilhões no banco, o Google não pretende segurar as pontas por muito tempo. Principalmente porque a publicidade fraca não parece ter nada a ver com a recessão – o conteúdo gerado por usuários simplesmente não parece atraente para os anunciantes. Além disso, há também alguns problemas importantes com infrações ao direito autoral e ao pagamento de royalties. No Reino Unido, o Google tirou do ar os vídeos de música, sob a alegação de que exibi-los custaria mais do que receberia como pagamento – portanto, a receita de publicidade seria inferior ao valor pago à Performing Arts Society (a versão local do Ecad), que varia de US$ 0,07 a US$ 0,32.

Artistas como Billy Bragg e Dave Rowntree não ficaram impressionados. "A atitude ameaçadora do Google em relação ao pagamento dos artistas britânicos é uma experiência que terá ramificações por todo o mundo", observou Bragg.

Quando você recebe milhões de vídeos a cada dia, custo de cada novo usuário é alto, o que significa que popularidade pode ser uma maldição, não uma bênção. Nisso, o You Tube não está sozinho. O incensado Hulu,com, um site de vídeo mantido por duas das grandes redes dos Estados Unidos, está lutando para transformar sua popularidade em dinheiro. Apesar de sua ascensão rápida ao posto de quarto maior site de vídeos no país, de sua qualidade profissional e de exibir programas totalmente legais, ele ainda esforça-se para arrecadar grandes anúncios. Em vez de assistir aqueles classudos comerciais de automóveis, por exemplo, os usuários quese conectam para ver "30 Rock" ou "The Office" são bombardeados por anúncios de serviços públicos ou instituições de caridade. O problema é tão grave, de fato, que o Hulu entrou em conflito com sites novatos como o Boxee, que encoraja as pessoas a descartar totalmente seus aparelhos de tevê.

Como consertar essas coisas? Talvez os sites de vídeo devam olhar cada vez mais para para patrocínios mais amplos, acordos especiais e colocação de produtos. Ou então tentar persuadir as pessoas a divulgar suas mercadorias junto de vídeos de macacos dançarinos e coisas do gênero.

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