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O anúncio de que o governo americano aprovou um pacote de socorro de US$ 20 bilhões ao Citigroup deu o impulso inicial para um dia marcado pelo otimismo no mercado financeiro global. O dólar fechou em baixa de 5,41%, cotado a R$ 2,325. Foi a maior queda diária desde o dia 13 de outubro, quando a moeda despencou 7,87% de um dia para o outro. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta, já chegou a subir 9,4%, agora opera perto de 8%. Em Wall Street, a ajuda governamental ao banco puxa os índices. O Dow Jones, o Nasdaq e o S&P500 sobem desde a abertura, às 12h30 (horário de Brasília).

Por volta das 15h (horário de Brasília), o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou oficialmente os nomes de integrantes da equipe econômica de seu governo: Timothy Geithner , como o secretário do Tesouro do futuro governo; Larry Summers , para o cargo de chefe do Conselho Econômico Nacional; e Christina Romer para o posto de presidente do Conselho de Assessores Econômicos.

O mercado não mostrou repulsa aos nomes anunciados e as bolsas seguiram em elevação. O dólar operou o tempo todo em queda acentuada. No dia, as commodities operam em forte elevação, impulsionadas pela expectativa de que os governos de todo o mundo continuarão empenhados, apresentando medidas para conter a recessão. Com a valorização das matérias-primas nas bolsas de mercadorias internacionais, os papéis de Petrobras sobem mais de 13% e as ações da Vale sobem na casa dos 12%, ajudando o Ibovespa a manter-se em forte elevaçãoEsperança na equipe econômica de Obama prevalece sobre indicadores.

Nos EUA, o único indicador aguardado no dia era a venda de imóveis usados no mês de outubro, que caiu 3,1%, quando a expectativa era de queda de 2,7%. Tão logo o indicador foi divulgado, às 13h (horário de Brasília), os índices de Nova York chegaram a reduzir os ganhos, mas a ajuda do governo americano e a confirmação do nome do novo secretário de Tesouro americano, divulgado na última-sexta-feira, continuam levantar o ânimo dos investidores americanos.

Na Europa, os principais índices das bolsas locais fecharam em altas expressivas. O índice FTSE da Bolsa de Londres, subiu 9,84%, aos 4.152 pontos; o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 10,3%, aos 4.554 pontos; e o CAC40, da Bolsa de Paris, teve valorização de 10,1%, aos 3.172 pontos.Mercado futuro continua a dar o tom nas operações cambiais.

Na opinião do diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, a forte oscilação do dólar nos últimos dias é fruto da ação de especuladores, que estão sendo estimulados pela injeção de recursos do Banco Central (BC) no mercado, na tentativa de aumentar sua liquidez. A autoridade monetária fez leilão de swap por volta das 12H45, no qual vendeu o total de US$ 495,6 milhões . De acordo com o especialista, se a autoridade monetária mantiver sua atual postura, a tendência é que a cotação do dólar feche o ano no patamar de R$ 2,40.

- É fundamental ao BC mudar de estratégia, é fundamental se ausentar do mercado futuro. Sua intervenção no mercado futuro favorece o especulador, que faz a moeda ter forte oscilações. O BC deveria se ater ao mercado à vista, ofertar linhas de crédito, atuar na economia real - avaliou Sidnei Nehme em entrevista esta manhã à rede de TV Bloomberg.

Resultados corporativos causam pessimismo na Ásia

Entretanto, na Ásia, a expectativa de lucros menores das empresas por causa da crise financeira continuou levando pessimismo aos investidores. Em Tóquio não houve pregão por causa de um feriado. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o pregão desta segunda-feira em baixa de 1,59%. A Bolsa de Xangai registrou baixa de 3,67%.

Mercado de olho em dados da economia

Nesta segunda-feira, os investidores acompanham a evolução nas expectativas de inflação contidas no boletim Focus, do Banco Central (BC). Também será apresentado o resultado da balança comercial na terceira semana de novembro. A divulgação do balanço de pagamentos de outubro mostrou que os investimentos diretos estrangeiros bateram recorde em outubro.

O mês de novembro caminha para o fim com uma carregada agenda de indicadores tanto aqui quanto nos Estados Unidos. Atenção para a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) americano, na terça-feira, e para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) espécie de prévia da inflação oficial, na quarta-feira.

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