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O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, ficou longe da reunião de cúpula do G20 sobre a economia mundial neste fim de semana, mas, se nela tivesse ido, veria que suas idéias são semelhantes às de muitos dos participantes, que vêem numa regulação frouxa a principal culpada pela crise financeira.

O presidente atual, George W. Bush, declarou que a reunião de líderes mundiais em Washington foi um "importante primeiro passo" para reviver a confiança nos mercados.

O grupo dos 20 líderes das principais nações desenvolvidas e em desenvolvimento prometeram medidas para recuperar a economia global e estudos sobre regras mais firmes para prevenir futuras crises.

No entanto, a reunião não fez o debate sobre as grandes questões, como, por exemplo, até onde o mundo está disposto a ir no reordenamento do sistema financeiro estabelecido no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1944, na conferência de Bretton Woods.

Obama, o democrata que substituirá o republicano Bush em 20 de janeiro, optou por não ir ao encontro do G20, argumentando que os Estados Unidos têm um presidente por vez.

A próxima reunião do G20, marcada para abril, quando Obama já estará na Casa Branca, pode ser mais significativa na busca de um novo caminho para o sistema financeiro.

Obama é mais alinhado do que Bush com líderes europeus, que dizem que a crise nos mercados poderia ter sido evitada ou amenizada se houvesse uma melhor supervisão e uma coordenação global sobre o sistema financeiro.

Segundo analistas, as diferenças entre Obama e Bush poderiam haver criado algum constrangimento diplomático na reunião de cúpula, e que essa seria uma das razões para o presidente eleito não ter comparecido.

"Obama estava defendendo durante a campanha essa idéia de falha na regulação como um fator importante para a crise atual", afirma Morris Goldstein, analista em economia internacional.

"Há uma certa distância entre Obama e os europeus sobre regulação, mas entre Bush e os europeus essa distância é muito maior", diz Goldstein.

Num discurso em março passado, Obama defendeu uma reforma do sistema financeiro e expressou alguns princípios para uma coordenação global ampliada.

Dois conselheiros de Obama, a ex-secretária de Estado Madeleine Albright e o ex-parlamentar Jim Leach, encontraram-se com líderes estrangeiros durante o período do G20. Num comunicado, eles disseram que Obama estava pronto para trabalhar com o G20 quando instalado na Casa Branca.

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