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A CSN fracassou em sua tentativa de conseguir 33 por cento mais uma ação da Cimpor, em uma batalha pela cimenteira que teve início em dezembro e atraiu as também brasileiras Camargo Corrêa e Votorantim, noticiou a imprensa portuguesa nesta segunda-feira (22).

De acordo com matérias publicadas nos sites do Jornal de Negócios e do Diário Econômico, o acionista Manuel Fino não se dispôs a vender sua fatia de 10,7 por cento no capital da Cimpor para a companhia do empresário Benjamin Steinbruch.

O Jornal de Negócios informou ainda que um fundo do banco Millenium bcp com outros 10 por cento da Cimpor também não aceitou se desfazer das ações da cimenteira pelos termos propostos pela CSN.

O resultado oficial da OPA da CSN pelas ações da Cimpor deverá ser oficialmente conhecido na terça-feira.

Procurada pela Reuters mais cedo nesta segunda-feira para comentar sobre a OPA, a CSN não se manifestou.

A siderúrgica brasileira ofereceu 6,18 euros por ação da Cimpor e condicionou o sucesso de sua Oferta Pública de Aquisição (OPA), cujo prazo para adesão terminou nesta segunda-feira, à aceitação de ao menos 33 por cento mais uma ação.

Originalmente, quando lançou sua proposta em meados de dezembro, a CSN apresentou valor de 5,75 euros por ação da Cimpor, com objetivo de assumir o controle do grupo português que está entre as 10 maiores cimenteiras do mundo e tem forte presença no Brasil.

A proposta inicial e a revisada foram refutadas pelo Conselho de Administração da Cimpor.

No meio tempo, a Votorantim e a Camargo Corrêa entraram na briga e acabaram por garantir fatias relevantes na Cimpor.

A Votorantim comprou um total de 21,2 por cento da Cimpor, a maior parte por meio de troca de ativos com a francesa Lafarge, e fechou acordo de acionistas com o banco português Caixa Geral de Depósitos (CGD), dono de outros 9,6 por cento da cimenteira.

A Camargo Corrêa, enquanto isso, conquistou 31 por cento da Cimpor. Nos acordos com sócios da cimenteira portuguesa que tiveram os termos financeiros revelados, a empresa brasileira aceitou pagar 6,50 euros por ação da Cimpor, ou seja, preço 5,2 por cento acima da oferta melhorada da CSN.

Para a CSN, a compra da Cimpor representaria se tornar um ator de peso no mercado global de cimento. A siderúrgica entrou nesse segmento no ano passado, com a inauguração de uma fábrica no Estado do Rio de Janeiro.

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