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Ações sobem decisão

Com a decisão da assembleia da PT, os títulos da Oi negociados na Bolsa de Nova York dispararam 18,85%, a US$ 2,90. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou às 17 horas, as ações preferencias (PN, sem voto) subiram 19,82%, a R$ 6,77. As ordinárias (ON, com voto) avançaram 21,74%, a R$ 7,11, com a expectativa de confirmação da venda. Foram as maiores altas desde janeiro de 2014. Em nota, a Oi disse que o negócio gera mais valor aos acionistas. "A Oi se capitaliza com a operação", concordou João Rezende, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Oi conseguiu, após muita polêmica, a aprovação da venda da operação portuguesa da Portugal Telecom (PT) para a francesa Altice por 7,4 bilhões de euros (cerca de R$ 22 bilhões). A decisão foi avalizada pelos acionistas da holding PT SGPS, antiga controladora da PT e atual acionista da Oi com 37% das ações, em assembleia realizada em Lisboa. A venda foi aprovada por 97% dos acionistas da operadora.

Agora, a companhia carioca já mira nos próximos passos: a consolidação com a TIM, segunda maior operadora de telefonia móvel do Brasil. Para Juarez Quadros, ex-ministro das Comunicações e sócio da Orion Consultores, se a venda da PT não fosse aprovada seria um "desastre" para a Oi, que acumulava dívida de R$ 47,7 bilhões no fim de setembro, último dado disponível. "Com essa venda, a Oi consegue equalizar a sua dívida, que é altíssima e vinha desgastando a companhia. Agora, vai trabalhar em uma solução para a consolidação do mercado de telefonia brasileiro", disse Quadros.

Para ele, o cenário mais rápido para a companhia hoje é fazer algum tipo de união com a TIM. "Só assim a Oi vai continuar como a maior concessionária do país. Há dúvidas se a viabilidade do fatiamento da TIM entre os concorrentes [como Claro e Vivo] é viável e sobre como os órgãos de controle analisariam o caso", destacou.

Fontes do setor, avaliam, porém, que Claro e Vivo não veem de forma favorável a união entre Oi e TIM, o que criaria a maior empresa de telefonia móvel do país e consolidaria a companhia como a segunda maior operadora de banda larga do país. Por isso, pretendem seguir na disputa por meio do banco BTG Pactual, que fará uma proposta para comprar a TIM e, em seguida, fatiá-la.

O imbróglio entre Oi e PT começou em 2014. Os portugueses, em segredo, compraram títulos da RioForte, do Grupo Espírito Santo. Os papéis venceram e não foram pagos, o que resultou em calote de quase R$ 3 bilhões.

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