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Operadora Oi entrou, no ano passado, com o maior pedido de recuperação judicial da história: R$ 65,4 bilhões | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Operadora Oi entrou, no ano passado, com o maior pedido de recuperação judicial da história: R$ 65,4 bilhões| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O ano que terminou foi, mais uma vez, sinônimo de crise econômica. Um dos muitos sinais disso é o aumento significativo no número de pedido de recuperação judicial abertos em 2016. De acordo com pesquisa mensal da Serasa Experian, 1.863 empresas fizeram o requerimento de recuperação de janeiro a dezembro do ano passado, número 44,8% maior do que em 2015.

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Do acumulado desse período, as micro e pequenas empresas foram as que mais fizeram o pedido de recuperação judicial. Ao todo, foram 1.134 requerimentos. Entre grandes e médias, o número é de 729.

Além do alto número de pedidos, chama atenção os valores de alguns dos processos. A operadora Oi entrou, no ano passado, com o maior pedido de recuperação judicial da história: R$ 65,4 bilhões.

Relembre alguns dos maiores pedidos de recuperação que ocorreram em 2016:

Oi

A operadora de telefonia Oi “liderou a corrida” com o maior pedido de recuperação judicial da história. O pedido incluiu R$ 65,4 bilhões em dívidas, número muito maior do que o antigo recorde de R$ 11,2 bilhões da OGX, empresa do Eike Batista, no processo aberto em 2013. Além disso, a operadora de telefonia ainda prepara outro pedido já para o primeiro semestre deste ano.

Sete Brasil

Em agosto de 2016 a empresa de sondas de exploração de petróleo Sete Brasil também protocolou um pedido de recuperação judicial. No plano, a empresa apontou cerca de R$ 19,3 bilhões em dívidas, boa parte na mão de bancos sócios da Sete.

Viver Incorporadora

Em setembro de 2016 a incorporadora paulista, que vinha se reestruturando desde 2012, também pediu de recuperação judicial. A Viver foi a primeira incorporadora de capital aberto do Brasil a realizar esse tipo de processo. De acordo com o fato relevante divulgado pela empresa na época, um dos principais motivos era a deterioração da economia e “a limitação à concessão de novas linhas de crédito”, além das poucas unidades vendidas. A estimativa era de que a dívida da empresa superava R$ 1 bilhão.

Lupatech

A fornecedora de serviços para petróleo e gás Lupatech também pediu recuperação na justiça em setembro de 2016. O requerimento foi o segundo feito pela empresa, que já havia realizado um pedido em 2015, mas que foi anulado por complicações com os credores. Em 2015, a empresa incluiu no processo cerca de R$ 784 milhões em dívidas.

Grupo GEP

Fevereiro também marcou o pedido de recuperação do Grupo GEP, dono das marcas Luigi Bertolli e Cori, e que opera as lojas da GAP no Brasil. Como consta no processo, as dívidas do grupo somam mais de R$ 513 milhões. Na época, o grupo se justificou alegando que a marca GAP enfrentava uma crise mundial, afetando drasticamente o desempenho da empresa. Além disso, declarou também que enfrentava o contexto político-econômico brasileiro, também em crise.

Hopi Hari

Nem um dos parques de diversões mais famosos do Brasil ficou de fora da lista. O Hopi Hari, localizado em Vinhedo, em São Paulo, ajuizou em setembro o pedido de recuperação judicial. Com uma dívida estimada em R$ 300 milhões, o parque sofreu com greves de funcionários durante o mês de setembro e teve que fechar em várias ocasiões. O pedido de recuperação judicial do Hopi Hari foi negado.

GTFoods

Também em agosto a empresa paranaense de alimentos GTFoods entrou com pedido de recuperação. Na época, o grupo maringaense detentor de várias indústrias e marcas do setor de alimentação não divulgou o valor da dívida, mas estima-se que ela teria empréstimos a serem quitados na casa de R$ 300 milhões. Segundo comunicado do grupo, divulgado na época do pedido, a principal justificativa é aumento significativo nos custos de produção.

Grupo Bmart

Em fevereiro de 2016 foi a vez do grupo de lojas de brinquedos Bmart, fundado em 1995 em São Paulo, entrar com pedido de recuperação. A estimativa é de que o processo aberto pela empresa incluiu mais de R$ 118 milhões em dívidas.

Barred’s

Outra varejista afetada pela crise em 2016 e que entrou com pedido de recuperação na justiça foi a Barred’s. O processo aberto pela rede de lojas de moda mostrou um acumulado de mais de R$ 104 milhões em dívidas, principalmente com shoppings.

Grupo Volpato

Ainda no primeiro trimestre do ano a rede varejista Volpato pediu recuperação judicial. A estimativa é de que o pedido de recuperação do grupo gaúcho de lojas incluiu cerca de R$ 80 milhões em dívidas. A empresa foi fundada na década de 70 e, na época do pedido, alegou a queda no faturamento e alta taxa de inadimplência entre os clientes como principais motivadores.

Dedini

A Dedini Indústrias de Base foi outra que iniciou uma recuperação judicial no ano passado. A dívida estimada da empresa é de mais de R$ 56 milhões, o que engloba principalmente débitos trabalhistas. A empresa de Piracicaba, em São Paulo, completou 96 anos praticamente no mesmo momento em que realizou o pedido.

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