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Segundo dados da Anatel referente a abril, a Oi é a quarta maior operadora móvel do país, com 18% do mercado | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Segundo dados da Anatel referente a abril, a Oi é a quarta maior operadora móvel do país, com 18% do mercado| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A operadora de telecomunicações Oi passará a ter capital pulverizado a partir de agosto, disse nesta quinta-feira (18) o presidente da companhia, Bayard Gontijo.

“Em agosto, passamos a ser empresa de capital pulverizado”, disse Gontijo, durante palestra em evento da Febraban. O executivo disse ainda que a empresa deverá abrir um prazo para preferencialistas poderem converter ações em ordinárias.

Em março, a Oi propôs à Telemar Participações uma conversão voluntária de ações preferenciais em papéis com direito a voto, como alternativas para lidar com o atraso gerado na migração da companhia de telecomunicações ao Novo Mercado, da BM&FBovespa.

Com a proposta, a companhia planeja levar adiante a entrada no nível mais alto de governança da bolsa paulista, processo que foi atrasado devido ao fracasso da fusão com a Portugal Telecom.

Gontijo não deu mais detalhes sobre os próximos passos que serão tomados pela companhia neste sentido.

Consolidação

À Reuters, Gontijo disse que a companhia segue empenhada em ser protagonista no processo de consolidação do setor brasileiro de telecomunicações.

Em agosto passado, a Oi informou que havia contratado o BTG Pactual para coordenar uma possível oferta de compra da TIM Participações, em parceria com a Telefonica Brasil e a Claro, da mexicana América Móvil.

Especialistas de mercado têm se mostrado céticos com a possibilidade de ‘protagonismo’ da Oi no processo, dado o elevado endividamento da empresa, que é menor do que a TIM.

A Oi chegou a ter dívida líquida de R$ 47,8 bilhões, número que caiu para R$ 32,56 bilhões em março, após a venda dos ativos da Portugal Telecom, mas ainda é considerada elevada.

Mercado

Segundo dados da Anatel referente a abril, a Oi é a quarta maior operadora móvel do país, com 18% do mercado, atrás da líder Vivo (29%), da TIM (27%) e da Claro (25%).

“A consolidação vai acontecer no Brasil e seguimos nos preparando para isso acontecer”, disse Gontijo. “Mas não temos um deadline”, despistou.

A declaração vem após a mídia internacional ter publicado mais cedo nesta quinta-feira que a Vivendi, que está prestes a se tornar maior acionista da Telecom Italia, teria se mostrado favorável à venda da TIM, controlada pela companhia italiana. A Telecom Italia afirmou em seguida que a TIM é um ativo estratégico.

De todo modo, a ação da TIM fechou em alta de 5,7%, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, avançou 1,86%.

Gontijo disse também que a Oi está empenhada em melhorar seu perfil de endividamento, dentro da meta de se tornar uma companhia com grau de investimento. Atualmente, o rating da Oi em moeda estrangeira é BB+ pela Fitch e pela Standard & Poor’s, um degrau abaixo do nível considerado de baixo risco.

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