Mais de oito milhões de brasileiros migraram das classes D e E para níveis mais altos de renda, em 2006, segundo pesquisa da financeira Cetelem, em parceria com a consultoria Ipsos. No total, 10 milhões de pessoas migraram de faixa. A classe C aumentou em pouco mais de quatro milhões de pessoas e a classe AB recebeu seis milhões de pessoas. Entre os motivos para a migração está o aumento da renda das classes C e D e E em cerca de 5% e a queda na renda das classes AB em 6%.
A renda média das classes AB caiu de R$ 2.484 em 2005 para R$ 2.325 em 2006. No mesmo período, a renda da classe C aumentou de R$ 1.107 para R$1.161 e, das classes DE, de R$ 544 para R$571. O aumento de renda disponível, formada pela renda renda total excetuando os gastos essenciais, da população DE possibilitou que ela fechasse dezembro de 2006 no azul, ao contrário do que aconteceu em 2005. A Região Nordeste, segundo a pesquisa, destacou-se com crescimento de 38% de dinheiro disponível para consumo de bens e serviços considerados não-essenciais, como vestuário, prestações de crediário e telefone fixo.
Com relação à renda familiar média, todas as regiões ganharam em 2006, quando comparadas a 2005. O Nordeste que historicamente tem a menor renda nacional apresentou crescimento de 12%.
O levantamento mostra que a maior parte dos brasileiros pertence, agora, às classes média e altas: 54% da população figuram nos patamares AB e C em 2006, contra 49% em 2005.
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