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O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin
O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin| Foto: Kremlin/Wikimedia Commons

A aliança Opep+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, decidiu neste domingo (4) continuar a implementar, em 2023, o forte corte na produção de petróleo decidido há dois meses.

Em um comunicado, os ministros de Energia e Petróleo dos 23 países da aliança reafirmaram que a redução de seu bombeamento conjunto em 2 milhões de barris por dia (mbd), pactuada em 5 de outubro, é a medida “necessária” e “correta”.

Eles também decidiram convocar sua próxima conferência regular para 4 de junho de 2023, de acordo com a nota emitida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Entretanto, eles enfatizaram que o comitê de monitoramento interno da aliança se reunirá a cada dois meses e poderá convocar uma conferência extraordinária se a situação do mercado assim o exigir.

Neste contexto, eles expressaram a disponibilidade “de se reunir a qualquer momento e para tomar medidas adicionais imediatas, se necessário”.

Em sua declaração final, os ministros enfatizaram que o polêmico corte de abastecimento que entrou em vigor em 1º de novembro “foi motivado exclusivamente por considerações de mercado”.

“Em retrospectiva, os participantes do mercado o reconheceram como a medida necessária e correta para estabilizar os mercados mundiais de petróleo”, acrescentaram.

Entretanto, os Estados Unidos, que haviam pedido à Arábia Saudita um aumento na produção de petróleo para baixar os preços, consideraram que a medida ajuda a Rússia a financiar sua guerra contra a Ucrânia, e o governo Joe Biden disse que pretende “rever” sua relação com a monarquia de Riad.

Na sexta-feira (2), a União Europeia decidiu impor um teto para o preço do petróleo russo de US$ 60 por barril. A medida, à qual aderiram as potências do G7 e a Austrália, não afetaria diretamente o território comunitário porque coincide com a entrada em vigor, nesta segunda-feira (5), de um embargo ao petróleo bruto importado da Rússia, exceto o comprado pela Hungria por oleoduto.

No entanto, proíbe as companhias marítimas europeias de transportar petróleo russo para países terceiros se este for vendido a um preço superior ao fixado, e o mesmo se aplica às companhias de seguros contratadas para o transporte de petróleo bruto russo.

O acordo político da UE garante que, se o preço de mercado cair abaixo de US$ 60 o barril, o limite será atualizado para ficar pelo menos 5% abaixo do que tenha no mercado.

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