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A consciência do consumidor tem limite. Saber exatamente quanto um produto emite de gás carbônico na atmosfera ou gasta de água durante a sua fabricação é algo que só um estudo detalhado pode apontar. Da mesma forma, ingredientes nocivos ou trabalho escravo são situações difíceis de constatar. É nessa hora que organizações como a norte-americana Goodguide e as brasileiras Repórter Brasil e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fazem a diferença.

A primeira classifica produtos de diferentes tipos, vendidos nos Estados Unidos, nas categorias saúde, sustentabilidade e segurança, por meio de um processo de mais de mil critérios e a batuta do especialista em cadeias produtivas Dara O’Rourke, professor de políticas ambientais e de trabalho da Universidade da Califórnia.

O Idec fiscaliza governo e empresas e faz pesquisas diversas para proteger e orientar o consumidor – a última foi sobre a responsabilidade socioambiental dos seis maiores bancos brasileiros. A Repórter Brasil, por sua vez, investiga cadeias produtivas e denúncias de trabalho escravo no país, entre outras irregularidades.

Para os consumidores do Brasil, o Goodguide seria uma base para marcas internacionais e produtos importados dos Estados Unidos, apenas. Quem tem um iPhone pode escanear o código de barras do produto e, por meio de um aplicativo grátis disponível no site da organização, saber se ele foi feito com ingredientes nocivos.

Mesmo quando o trabalho é voltado para as empresas e o governo, como é o caso da Repórter Brasil, as instituições acabam ajudando o consumidor. "O brasileiro não tem informação na mão e nem dinheiro suficientes para só consumir o que é totalmente verde. Mas pode, sim, eleger algumas prioridades e ser chato a ponto de boiocotar empresas que, por exemplo, usam trabalho escravo na produção. O boicote não é a solução, mas um recado importante para o mercado", afirma o coordenador-geral da instituição, Leonardo Sakamoto.

No site da entidade, é possível fazer uma busca e descobrir que empregadores constam da lista suja do Ministério Público do Trabalho e das polícias Federal e Rodoviária Federal. Embora a ferramenta seja voltada para a empresa que deseja verificar a situação de seus fornecedores, ela também pode ajudar o consumidor.

"O consumidor pode exigir do supermercado que forneça, por exemplo, o nome da fazenda de origem da carne comprada ali. A partir disso é só digitar o nome da propriedade no nosso site e descobrir se ela se utiliza de trabalho escravo ou não."

Serviço:

Mais informações nos sites www.goodguide.com, www.reporterbrasil.org.br e www.idec.org.br.

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