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Empresa mineira pede falência da MMX

Agência O Globo

A empresa de engenharia Vision Engenharia pediu a falência da MMX Mineração Sudeste, empresa do grupo de Eike Batista. O pedido foi distribuído no último 6 de novembro na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A empresa cobra uma dívida de R$ 549.422, referente ao fornecimento de dois equipamentos. Foi o primeiro fornecedor a pedir falência de uma empresa do grupo X. Em nota ao mercado, a MMX disse que "tomará as medidas legais pertinentes quando receber eventual citação" da ação. Em outubro, a MMX vendeu o controle do Porto Sudeste (Itaguaí, RJ) a um consórcio internacional que assumirá as dívidas da MMX Mineração Sudeste.

A OSX, braço de construção naval do grupo EBX, do empresário Eike Batista, formalizou ontem seu pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão havia sido aprovada pelo conselho de administração da empresa na sexta-feira. A companhia repetiu os passos da petroleira OGX, que pediu proteção em 30 de outubro.

A recuperação da OSX abrangerá dívidas de R$ 4,2 bilhões. Isso inclui créditos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal e fornecedores como Acciona e Techint. O aval das dívidas emitidas no exterior para a construção das plataformas OSX-2 e OSX-3 foi dado pela OSX Brasil e também entra no valor, segundo uma fonte próxima ao processo de recuperação.

A equipe que trabalha na recuperação do estaleiro OSX já considera a possibilidade de o BNDES executar a fiança bancária do empréstimo-ponte de R$ 548 milhões contratado pela empresa em 2011, garantido pelo Votorantim. O banco privado passaria então a ser credor da empresa. O BNDES não comenta.

A estratégia do plano de reestruturação da OSX é vender suas três plataformas. Segundo uma fonte envolvida na reestruturação, as subsidiárias estrangeiras da empresa, sediadas na Holanda e na Áustria, ficaram de fora da recuperação porque há o entendimento de que os ativos valem mais que as dívidas. "Nas empresas estrangeiras, o ativo é maior do que o passivo. Elas não precisam de recuperação judicial", disse, sob condição de anonimato.

Com a venda das plataformas, seria possível pagar o total da dívida emitida no exterior e ainda sobraria um saldo, que poderia ser aplicado no plano de recuperação da OSX Brasil. O Credit Suisse negocia a venda das plataformas OSX-1, OSX-2 e OSX-3.

No caso do estaleiro, em construção no Superporto do Açu, litoral norte do Rio, a fonte ouvida pela reportagem informou que há negociações para a venda de uma parte do empreendimento para a espanhola Dragados Offshore. Além disso, o plano de reestruturação contaria com alguma geração de caixa a partir dos próximos meses, quando uma parte menor do estaleiro já estaria operando.

O pedido projeta um caixa negativo de R$ 1,2 bilhão em abril caso a recuperação seja negada. O cálculo é feito com base nas dívidas a vencer nesse período e parte de um caixa realizado de R$ 7,1 milhões. Já em um cenário em que a recuperação é deferida, a expectativa é que o caixa fique positivo em cerca de R$ 31,8 milhões no mesmo prazo. O processo de recuperação protege a companhia de ações e execuções por 180 dias a partir do deferimento pela Justiça.

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