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A América Latina Logística (ALL), maior empresa de logística ferroviária da América Latina, e a Ouro Verde Trans­porte, anunciaram ontem a fusão de seus negócios de transporte rodoviário. A Ritmo Logística terá capital formado em 65% pela ALL e 35% pela Ouro Verde, e nasce com um receita de R$ 300 milhões – montante que as companhias esperam multiplicar por cinco no prazo entre cinco e dez anos.

Segundo o presidente da ALL, Paulo Basílio, os ativos das duas companhias foram transferidos para a Ritmo e, inicialmente, não houve aporte financeiro de nenhuma das partes. Nos próximos dois anos, no entanto, a nova companhia deve investir R$ 150 milhões na compra de cerca de mil novos implementos rodoviários – hoje seu patrimônio é composto por 700 equipamentos e implementos. "A empresa nasce bastante robusta, sem nenhuma dívida, e todo o investimento terá origem no seu próprio fluxo de caixa", diz Basílio. "Fomos em busca de um sócio com grande capacidade operacional e conhecimento deste mercado, já que o nosso negócio central é a logística ferroviária", acrescenta.

Segundo o presidente da ALL, o processo de integração entre as equipes começou já alguns meses, combinando o modelo de gestão da América Latina Logística e a experiência de 38 anos da Ouro Verde no segmento.

A operação rodoviária respondia por cerca de 3% das receitas da ALL e 20% da Ouro Verde – cujo foco agora será no segmento de locação de veículos, equipamentos e serviços. "Estamos vendo com muito otimismo essa nova operação. Este é um mercado de grande potencial. O país cresce muito e precisa de grandes operadores logísticos", diz o presidente da Ouro Verde, Karlis Kruklis.

Atuação

O diretor-presidente da Ritmo, Marcelo Mokayad, acredita que, com a gestão própria e foco na operação rodoviária, a empresa tem grandes oportunidades de crescimento no segmento intermodal, principalmente no agronegócio, e em operações dedicadas e de produtos de alto valor agregado.

Além da base de clientes que já tinham as duas companhias em diversos segmentos – como Bayer, Guardian, GM, Iveco, White Martins, AmBev, Nestlé, Heineken, Peróxidos e Kraft Food – a ideia é conquistar parte das cargas que circulam no entorno da ferrovia administrada pela ALL, mas que hoje são transportadas por outras empresas. "É difícil estimar quanto desse mercado podemos conquistar. Isso vai depender da nossa eficiência operacional. Mas estamos projetando um crescimento muito forte e robusto", diz Mokayad. "Nosso foco é ser o provedor de soluções logísticas diferenciadas, atuando em um mercado potencial de 40 milhões de toneladas no entorno da ferrovia", acrescenta.

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