O PAC Equipamentos, um dos vários "pacotinhos" que o governo lançou para salvar o crescimento econômico, teve efeito quase nulo sobre o PIB de 2012. Segundo o Ministério do Planejamento, até o início da semana passada pouco menos de um quarto do valor previsto foi pago pelo governo, ou seja, entrou no caixa dos fabricantes. A maior parte dos desembolsos deve ficar para 2013.
Anunciado em junho, o programa previa a compra de R$ 8,435 bilhões em equipamentos diversos, de ônibus escolares a lançadores de mísseis. A intenção do governo era estimular a economia por meio do aumento de seus gastos.
Mas, embora pudesse beneficiar as vencedoras das licitações, o valor total era, de saída, relativamente pequeno: correspondia a apenas 0,2% do PIB de 2011. Como somente R$ 1,94 bilhão, ou 23% do previsto, foi executado até agora, o impacto sobre a economia neste ano ficou por volta de 0,05% do PIB.
A favor do governo há o fato de que quase todo o programa 96% do valor total já foi licitado, e 76% dos recursos foram empenhados, ou seja, reservados no Orçamento. Se não houver imprevistos, a tendência é de que haja um bom volume de pagamentos nos primeiros meses de 2013.
Paraná
No Paraná, fabricantes de caminhões, ônibus, tratores e implementos agrícolas estavam entre os possíveis beneficiados pelo PAC Equipamentos. Porém, o governo acabou excluindo as máquinas agrícolas do programa, deixando de fora empresas como a Case New Holland e a Montana. No lugar, entraram outros equipamentos, como viaturas para o Exército. Questionada sobre uma eventual participação na licitação de caminhões, a Volvo não respondeu até o fechamento desta edição.
A fabricante de carrocerias Mascarello, de Cascavel, não conseguiu nenhum lote na licitação de ônibus escolares, vencida pelas três maiores do setor. Mas o diretor comercial da empresa, Antonino Jacel Duzanowski, diz que houve um benefício indireto: após a licitação do PAC Equipamentos, sobrou mais mercado para as outras empresas. "Até então a disputa estava muito mais acirrada, porque o mercado se retraiu neste ano", explica.
-
Desoneração da folha coloca Pacheco na encruzilhada entre apoiar ou enfrentar o governo
-
Cubanos enfrentam penas brutais de até 15 anos de prisão por protestos contra crise no país
-
Drogas, machismo e apoio ao Comando Vermelho: conheça o novo vereador do PSOL
-
Túnel para resolver problema crônico da BR-101 é estimado em R$ 1 bi e tem impasse na construção
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí
Perguntas e respostas sobre a reforma tributária; ouça o podcast
Deixe sua opinião