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Os Estados Unidos geraram, em abril, 288 mil novas vagas de trabalho no país, a maior expansão desde janeiro de 2012. O desemprego também caiu de 6,7%, em março, para 6,3% --o menor índice desde setembro de 2008.

Os números, divulgados hoje pelo Departamento de Trabalho, podem sinalizar que, de fato, o país está se recuperando de um primeiro trimestre complicado, fortemente afetado pelo inverno rigoroso.

Os dois resultados superaram as expectativa de analistas. Economistas consultados pela Bloomberg previam que fossem criadas 218 mil novas vagas em abril, e que o desemprego caísse apenas para 6,6%.

Em 2013, foram criados, em média, 194 mil novos postos por mês --o que já havia superado a média de 186 mil, em 2012.O setor de serviços foi o que mais contribuiu para o aumento no número de vagas em abril, criando 75 mil novos postos, seguido pelo varejo, com 35 mil, e o setor de construção, com 32 mil.

O governo também revisou seus números de fevereiro e março, indicando que, nestes meses, foram geradas 222 mil e 203 mil vagas, respectivamente (contra 197 mil e 192 mil, divulgados anteriormente). A mudança indica que os números de abril divulgados hoje ainda podem sofrer alterações --para mais ou menos-- no próximo relatório, a ser divulgado em 6 de junho.

Desemprego

Em abril, 733 mil pessoas deixaram o contingente de 9,8 milhões de desempregados, registrado no mês anterior. No entanto, a participação na força de trabalho caiu 0,4 pontos percentuais no último mês, para 62,8% --o que mostra que não só a criação de postos ajudou na queda do desemprego, mas também o fato de menos americanos terem buscado trabalho.

"Ao mesmo tempo em que a criação de empregos foi muito boa, houve uma queda grande no tamanho da força de trabalho. Isto coloca pressão sobre a taxa de desemprego, e os investidores estão propensos a considerar este relatório misto e incerto", disse o estrategista-chefe do BTIG, Dan Greenhaus, ao "Wall Street Journal".Crescimento

Anteontem, o Departamento de Comércio divulgou os números do primeiro trimestre de 2014, que mostraram uma estagnação da economia americana no período. O PIB (Produto Interno Bruto) americano cresceu a uma taxa anual de 0,1% entre janeiro e março, o ritmo mais fraco desde o quarto trimestre de 2012.

O baixo crescimento seria o resultado de uma queda nas exportações e do impacto do rigoroso inverno deste ano, que atrapalhou o setor de construção, afastou os consumidores das lojas e aumentou os gastos de empresas.

Mesmo assim, o Fed (Banco Central dos EUA) manteve sua decisão de cortar mais US$ 10 bilhões de seu pacote de estímulos. Para o BC americano, a atividade econômica do país "se acelerou recentemente, depois de uma diminuição drástica durante o inverno, em parte por causa das condições do tempo".

Com o anúncio, feito ao fim de dois dias de encontro do comitê de política monetária do banco (Fomc), a injeção mensal caiu de US$ 55 bilhões para US$ 45 bilhões. Entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013 --quando foi anunciada a primeira redução--, o reforço, via compra de títulos, era de US$ 85 bilhões mensais.

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