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Se a banda larga ainda precisa de in­­vestimentos, a oferta de computa­­dores, acirrada com a concorrência entre os diferentes fabricantes, coloca o Brasil em posição melhor. De acordo com pesquisa feita pela E­­veris Brasil e pela Iese, o país tem 243 terminais para cada mil habitantes, atrás apenas do Chile, com 344.

"A explosão de computadores no Brasil, com a redução de impostos, foi muito importante. Mas é preciso mais. Os números poderiam ser melhores e os maiores da região", analisa o consultor Virgílio Freire, ex-presidente da Vésper e da Lucent.

Ao se analisar a oferta de internet (independentemente da velocidade) para cada mil pessoas, o Brasil aparece atrás da Colômbia e praticamente empatado com Peru e Chile. Segundo especialistas, isso ainda é reflexo das conexões discadas gratuitas, que tomavam conta do mercado há dez anos.

Apesar da queda no preço dos computadores e da oferta da conexão à rede, mesmo que de graça, o Brasil conta com 104,7 milhões de excluídos digitais, cerca de metade da população, segundo apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo IBGE no último trimestre de 2008. Para muitos brasileiros, as lan houses continuam sendo a principal porta de entrada da rede.

"Esse é o único acesso que eu tenho à internet com uma boa velocidade. Em casa, a conexão é muito lenta e não tenho condições financeiras de contratar banda larga ou de comprar um computador mais potente", diz a estudante Fernanda Lira, de 18 anos, que mora em Maria da Graça, no Rio de Janeiro.

Servidores

A lógica da competição pode ser aplicada ainda aos servidores. Como o Brasil tem centenas de empresas, o panorama é melhor. São 3,4 servidores para cada mil habitantes, atrás apenas do Chile, com seis. Na telefonia móvel, Brasil, Peru, Chile e Colômbia apresentam oito celulares para cada dez pessoas. Já no México, onde a América Móvil do bilionário Carlos Slim, dono no Brasil da Claro, da Embratel e de parte da Net, domina o mercado, apenas sete pessoas a cada dez têm um aparelho móvel. Além disso, o México apresenta uma das taxas de crescimento de novos acessos ao celular mais baixas da região.

"Competição é essencial nesse setor. O funcionamento é assim. Se uma empresa não investe, as outras ficam paradas esperando o primeiro movimento do corrente", diz um analista do setor.

Com a crise no início deste ano, o Brasil perdeu a liderança do total de investimentos em tecnologia para o Chile. "Mas em 2010 a expectativa é que o Brasil volte à liderança dos gastos, chegando a US$ 416 por pessoa", frisa Teodoro López, vice-presidente da Everis.

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