O sueco Roger Alm assume a Volvo do Brasil em 2010 e vai encontrar no país um mercado em situação bem diferente da do europeu e do americano, onde as vendas do setor automotivo ainda patinam sob efeito da crise. Aqui, a combinação de incentivos fiscais, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a queda nas taxas de juros dos financiamentos de caminhões promoveram uma guinada nas vendas.
A mudança levou a empresa a reabrir o segundo turno de produção. "A nossa perspectiva é muito positiva para o próximo ano. Acreditamos que a demanda deve continuar aquecida e o Brasil tem chances de se manter como o maior mercado da Volvo também em 2010", afirma o diretor de assuntos corporativos e recursos humanos, Carlos Morassutti. A partir de janeiro serão contratadas 250 pessoas, inicialmente por um período de cinco meses. Com o novo horário de trabalho, a produção passará, gradativamente, de 55 para 70 caminhões por dia. A fábrica de cabines já opera em dois turnos e a de ônibus em um turno único.
Automóveis
Na semana passada, a divisão de carros da marca sueca, a Volvo Cars, foi vendida para o grupo Geely. O negócio entre a companhia chinesa e a norte-americana Ford, dona da divisão deve ser finalizado até o fim do primeiro trimestre de 2010 e marca mais uma etapa na esclada das montadoras da China.
A manobra é semelhante ao que fez a indiana Tata, que há quase dois anos comprou as marcas britânicas Jaguar e Land Rover, também da Ford. Com o negócio, as montadoras emergentes aproveitam a necessidade que os fabricantes tradicionais têm de fazer caixa para ter acesso a tecnologia de ponta e mercados mais sofisticados.
Segundo o comunicado da Ford que anunciou o negócio, "todos os principais pontos relacionados à potencial venda da Volvo Cars foram definidos". O que falta para concluir a venda, diz a montadora, é trabalhar as partes de financiamento da aquisição e das aprovações dos respectivos governos.
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